Os Deputados do Grupo Parlamentar do Partido Socialista eleitos pelo Distrito de Vila Real questionaram o Ministro da Saúde sobre o atraso da dívida por parte do Estado à Tecsam, pedindo uma solução por parte do Governo para o problema que pode pôr em causa o tratamento de hemodiálise em Trás-os-Montes e Alto Douro.
Depois de terem tomado conhecimento, através das declarações públicas do Diretor Executivo da empresa Tecsam, proprietária de três centros renais em Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real, Mogadouro e Mirandela, que a prestação do serviço de hemodiálise nestes centros estaria em risco em virtude do atraso substancial nos pagamentos por parte do Estado, os deputados Fátima Pinto, Francisco Rocha e Agostinho Santa querem saber se “a tutela tem conhecimento da situação reportada relativamente ao atraso e ao montante em dívida por parte da ULS Nordeste, ARS Norte e ULS Guarda à empresa Tecsam referente ao serviço de hemodiálise convencionado” e ainda que medidas serão tomadas “no imediato para evitar ou minorar os eventuais transtornos e constrangimentos para os utentes destes centros renais”. Os parlamentares questionaram ainda a tutela sobre quando será realizado o pagamento do alegado valor em dívida e “que soluções serão adotadas de forma a garantir prazos de pagamentos mais céleres no futuro”.
Segundo a empresa prestadora dos serviços de hemodiálise, o alegado atraso no pagamento por parte da Unidade Local de Saúde (ULS) Nordeste, da ARS Norte e ULS Guarda, num valor superior a 4 milhões de euros, põe em causa a liquidez e tesouraria da Tecsam, impossibilitando-lhe, não só, o pagamento atempado aos seus 150 trabalhadores, bem como o fornecimento de material necessário para os tratamentos, pondo em causa a prestação do serviço de hemodiálise a cerca de 330 utentes com insuficiência renal.