Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024
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“É quase certo que o Vilar não vai competir na Divisão de Honra”

Márcio Rodrigues, que está há 15 anos à frente do GD Vilar de Perdizes, foi o convidado do Bola ao Centro, onde falou do percurso do clube que tem colecionado títulos ao longo da sua presidência.

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“Desde que estou à frente do clube, foram 15 épocas consecutivas com equipa sénior, equipas de formação e as escolinhas. Tem sido um percurso com muito trabalho e com sucesso desportivo, com 15 títulos conquistados”, revela o presidente, adiantando que são a instituição mais representativa do concelho de Montalegre e o quinto clube do distrito de Vila Real com mais atletas federados. “Temos mais de 200 atletas federados e posso adiantar que vamos participar no campeonato distrital de futebol de praia e também na Taça de Portugal, de forma a promover o nome de Vilar de Perdizes”.

Para Márcio Rodrigues, “não há segredos” para o sucesso, mas o condimento principal é a “paixão” que uma família colocou no clube da sua terra. “Temos as pessoas certas no local certo. E não nos podemos esquecer que somos uma aldeia raiana e as deslocações são muito dispendiosas”.

Foi mais uma época com a casa às costas, com o presidente a assumir que foi “muito complicado” e não tem expectativas para ver novas obras no campo da Lage. “Não vejo soluções por parte do município. Já me deram todos os argumentos e mais alguns que não será possível fazer obras para aumentar as dimensões do campo, porque a estrada pode cair. A senhora presidente diz que tem estudos sobre isso. Já pedi esses estudos, mas continuo à espera que me mostrem”.

Depois de duas épocas consecutivas no Campeonato de Portugal (CP), o Vilar de Perdizes desceu ao distrital e agora o clube poderá não participar com a equipa sénior. “Estou num momento de reflexão de dar um novo rumo do projeto desportivo do GD Vilar de Perdizes. Hoje, digo com 99,99% de certeza que não vamos competir na Divisão de Honra da AFVR, porque não há gente para competir. Onde vou buscar jogadores?”, questiona, sublinhando que “está na hora de olhar mais para a nossa formação no futsal e no futebol”.

Sobre o formato atual do CP, Márcio Rodrigues considera que este modelo “é uma aberração. Aqui não há jogadores e ninguém quer vir para cá, só se lhes pagares bem”. Além disso, quando apareceu a Liga 3, “quantos jogos do CP foram transmitidos? O que dá a Federação Portuguesa de Futebol aos clubes? Apenas nos dão 25 bolas por época quando um jogo em casa me dá um saldo negativo de 700 a 800 euros. Pelo que defendo apoios diferenciados para as equipas do interior, pois só assim será possível sobreviver no CP, em que gastamos 1.200 euros para organizar um jogo em casa”.

O dirigente revelou ainda que esta época a equipa sénior teve um “orçamento de 160 mil euros”.

Num percurso trilhado pelo sucesso, o presidente elege três momentos marcantes no seu trajeto. “Campeão da Divisão de Honra com a subida ao nacional, a inauguração do Campo da Lage e o jogo da Taça de Portugal com o FC Porto”. No entanto, “três momentos são poucos, uma vez que já ganhei vários títulos distritais na formação”.

VEJA O VÍDEO DO PROGRAMA

BOLA AO CENTRO – MÁRCIO RODRIGUES

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