Domingo, 13 de Outubro de 2024
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Eco Escolas: Um compromisso para o futuro

Entrevista Professora Berta Fernandes

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Estamos hoje à conversa com a professora Berta Fernandes, docente de Ciências Naturais e coordenadora do Programa Eco Escolas do Agrupamento de Santa Marta de Penaguião. Quando começou o Eco Escolas a nível nacional?

Este programa educativo começou a ser implementado no ano letivo de 1996-97, na Europa, pela Fundação para a Educação Ambiental e, a nível nacional, pela Associação Bandeira Azul da Europa (ABAE). Localmente, este programa é apoiado pela autarquia, a quem deixo, desde já, o meu agradecimento.

Em que é que consiste o Eco Escolas?

Trata-se de um programa ambiental desenvolvido pelas escolas aderentes, mas muito abrangente, uma vez que envolve toda a comunidade educativa (alunos, professores, assistentes operacionais, encarregados de educação) e outras associações. No caso do nosso concelho, apenas é implementado na escola sede do Agrupamento e conta com a colaboração da Proteção Civil, da Cruz Vermelha de Santa Marta de Penaguião, do projeto CLDS, da Resinorte e da autarquia. Este programa desenvolve-se em sete passos.

E, então, que passos são esses?

Primeiro, a constituição de um conselho, composto por representantes da comunidade educativa e das empresas e associações parceiras, depois a auditoria ambiental, a conceção de um plano de ação, a monitorização das atividades constantes desse plano, a divulgação do mesmo e, finalmente, a elaboração de um cartaz ecocódigo. Após estes passos, a escola vai ser monitorizada pela ABAE, que atribui a Bandeira Verde de acordo com o cumprimento desses passos.

Desde quando é que a Escola aderiu ao projeto?

No ano letivo de 2007-08, tendo sido, neste ano, atribuída a 15ª Bandeira Verde consecutiva.

Qual a função do Eco Escolas?

A função deste programa é melhorar o desempenho ambiental da escola, incentivando a pequenos comportamentos individuais, como a separação correta do lixo, a poupança de água e energia, a reutilização dos materiais… Enfim, tornar a escola mais limpa e sustentável.

Acha importante a participação da escola na procura desses objetivos?

Sim, apesar de ser um programa muito exigente, é muito relevante tanto a nível regional como global, já que a preservação do ambiente está na ordem do dia.

Como é que os alunos contribuem para o programa?

Em primeiro lugar, têm de fazer parte do conselho Eco Escolas que reúne, pelo menos, uma vez por período e aprova o Plano Anual de Atividades, fazendo também a sua monitorização. Na nossa escola, integram este conselho dois alunos por turma, que participam nas várias atividades que ocorrem ao longo do ano. Estas giram em torno de três temas obrigatórios (resíduos, água e energia), temas complementares a nível de escola (floresta, biodiversidade e a agricultura biológica) e um tema anual. O tema deste ano são os espaços exteriores.

Que atividades são estas?

Exposições, concursos e desafios lançados a nível nacional pela ABAE e a nível regional pela Resinorte, visitas de estudo, ações de solidariedade, campanhas de limpeza e de reflorestação. Além disso, ajudam na nossa horta biológica, que tem plantas autóctones e ervas aromáticas, e na recolha seletiva de resíduos na escola (metal, cartão, plástico, vidro, papel, pilhas, baterias, toners, escovas de dentes…) e de resíduos eletrónicos e elétricos no âmbito da “Escola Eletrão”. Também participamos sempre no concurso nacional do cartaz ecocódigo, obrigatório deste projeto, realizamos várias exposições para comemorar algumas efemérides (Halloween, Natal, Dia Mundial da Água, da Floresta, do Ambiente, da Terra, dos Oceanos…), dinamizamos várias palestras neste âmbito (compostagem, incêndios florestais) e organizamos visitas de estudo ligadas à biodiversidade.

O que é que os jovens do concelho poderão aprender com este projeto?

Prof. Berta- A nossa intenção é que aprendam a separar corretamente os resíduos nos ecobags instalados em diferentes espaços escolares, a reutilizar materiais (pinhas, rolos de papel higiénico, cápsulas de café, copos de iogurte, frascos de vidro, latas), a evitar o consumismo, a tratar dos solos, a semear e a identificar as plantas. Essencialmente, pretendemos que aprendam a respeitar o património ambiental, pois não há planeta B.

Conteúdo produzido pelo Agrupamento de Escolas Santa Marta de Penaguião

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