As obras arrancaram em 2020 e, quatro anos depois, ainda não estão operacionais. Na última assembleia municipal, o executivo foi questionado pela bancada do PSD sobre o assunto, no período antes da ordem do dia, e Rui Santos admitiu que “não há data” para estarem prontos.
“Os elevadores ainda não foram rececionados nem pagos. A empresa a quem foi entregue a construção dos elevadores ainda não foi capaz de nos entregar a obra”, explicou o presidente da câmara, não colocando de parte a “rescisão do contrato”, o que “espero que não aconteça”.
Rui Santos deixou a garantia que “assim que nos entregarem a obra, os elevadores serão abertos”.
Quanto aos pontos da ordem do dia, destaque para a aprovação, por maioria, do relatório consolidado de gestão e contas do grupo do município, com 30 votos a favor, cinco contra e duas abstenções.
“Habitualmente, abstemo-nos na votação do relatório de contas porque entendemos que é o resultado da gestão do executivo que está em exercício”, refere Joana Rapazote, do CDS, acrescentando que “discordamos naquilo que são os impostos cobrados. No nosso entender, à semelhança do que acontece em vários municípios, também aqui deveria haver uma maior devolução de impostos aos cidadãos. Defendemos a baixa dos impostos, seja por via do IMI ou da consignação do IRS”.
Do lado PS, Rodrigo Sá fala numa “boa saúde financeira do município”, mostrando-se surpreendido com o facto de “o deputado do PSD, na sua intervenção, dizer que a capacidade de endividamento do município está esgotada, quando isso não é verdade. Estamos muito longe disso. Quando chegámos à câmara, em 2013, a dívida do município rondava os 22 milhões de euros e hoje esse valor está abaixo dos 15 milhões”.
O líder da bancada do PS lamenta, ainda, que a “oposição se recuse a debater com o executivo municipal”, salientando que “na assembleia, têm a oportunidade de questionarem o executivo sobre vários assuntos e não o fazem. Preferem evitar o diálogo e refugiar-se nas declarações de voto, às quais não se pode responder”.
De referir que a assembleia municipal terminou com um voto de louvor ao ex-primeiro-ministro, António Costa, por ter sido eleito presidente do Conselho Europeu.