Em comunicado, o CHTMAD explicou que o dispositivo implantado “é 93% menor” do que os pacemakers tradicionais. “Trata-se de uma pequena cápsula, implantada diretamente no coração, mais propriamente no ventrículo direito, através de uma pequena incisão na pele”, realçando que esta nova intervenção “não deixa a cicatriz da cirurgia convencional”.
Com uma tecnologia que permite a sincronia auriculoventricular (AV), o Micra AV possui vários algoritmos adicionais de deteção auricular interna, que ao detetarem o movimento cardíaco, fazem com que o “dispositivo ajuste a estimulação no ventrículo para coordenar com a aurícula, promovendo, desta forma, a sincronia AV”, destaca a nota enviada às redações.
Além disso, explica o CHTMAD, o facto de não ter elétrodos, torna este dispositivo “menos suscetível a complicações a longo prazo, nomeadamente infeções ou disfunção dos elétrodos”.
Paulo Fontes, cardiologista responsável pela equipa de Arritmologia, “este novo modelo permite alargar o espectro de doentes candidatos a implante”, uma vez que inclui os “doentes com alto risco de infeção e/ou sem acessos venosos para implante de um sistema de pacemaker convencional”.
Por último, o CHTAMD, que tem unidades em Vila Real, Chaves e Lamego, realça que este novo procedimento “reforça a aposta na inovação e tecnologia” no centro hospitalar, considerando que esta “é uma mais-valia para todos os doentes que necessitem desta técnica”.