“Ganhámos por números muito expressivos e é bom ver que os cidadãos acreditam no nosso projeto. E sendo a primeira mulher eleita dá-me uma responsabilidade acrescida”, confessa, acreditando que “o papel da mulher na política está a mudar”.
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Questionada sobre o impacto do caso que fez Orlando Alves renunciar ao cargo de presidente da câmara, Fátima Fernandes diz que “sempre confiei nos homens e mulheres da minha terra, porque são pessoas que não se deixam ludibriar pela calúnia fácil e pela difamação”. Além disso, “sabem separar muito bem as águas, ou seja, à justiça o que é da justiça e a amizade e aquilo que são as pessoas noutro patamar”.
“Conforme eu os conheço há muitos também os barrosões me conhecem há muitos anos e perceberam que a campanha foi muito suja, de ataque muito personalizado. As campanhas existem para apresentarmos projetos e discutirmos ideias, mas não foi o que aconteceu. E já depois das eleições, continuamos a assistir, nas redes sociais, a comentários infelizes de não aceitação da nossa vitória”, frisa.
Sobre o futuro, e o que pretende fazer nos próximos quatro anos, a autarca lembra que “aquilo que apresentámos foram compromissos e não promessas”, colocando a agricultura e a pecuária como prioridades. “São setores muito importantes para o concelho, que nos dão produtos ímpares. Queremos continuar a promover os produtos endógenos com feiras e eventos inovadores, que atraiam gente”.
“Ganhámos por números muito expressivos e é bom ver que os cidadãos acreditam no nosso projeto”
Mas “precisamos de projetos para o futuro, que passam por fixar jovens e incentivar o empreendedorismo. Por isso mesmo, vamos criar um centro de recursos, modernamente equipado, onde todos tenham os materiais necessários para trabalhar. E achamos importante dotar os jovens para criarem o seu próprio emprego”.
“O próximo ano vai ser muito exigente em termos de orçamento, porque vamos executar os grandes projetos dos fundos comunitários. São grandes investimentos, de muitos milhões de euros, mas isso não nos vai impedir de responder aos compromissos que assumimos com as nossas gentes”, vinca.
Uma das “lutas” de Fátima Fernandes será o pagamento do IMI das barragens. “Vou até onde for necessário. Penso que em breve teremos novidades relativamente às compensações do IMI das barragens, sendo que esta exigência é um direito das pessoas. É fundamental que a riqueza fique no território onde é produzida. No que diz respeito às barragens, o nosso território perdeu solo muito fértil, com muitos agricultores a serem prejudicados e é justo que sejam compensados no IMI”.
Quanto à oposição, Fátima Fernandes espera que “tenha boas ideias e realistas, que poderão ser analisadas e implementadas”, porque “da união se faz a força”. Contudo, deixa críticas aos “montalegrenses que falam mal da sua terra. Isso é imperdoável”.
Veja a entrevista em vídeo: www.avozdetrasosmontes.pt/entrevista-fatima-fernandes-2025


