Sábado, 14 de Dezembro de 2024
No menu items!

“Estamos à espera de 40 mil visitantes”

A Feira da Caça e Turismo está de regresso a Macedo de Cavaleiros. Após o sucesso do ano passado, com recorde de visitantes, as expectativas para a 26ª edição estão em alta. A VTM entrevistou Rui Vilarinho, vice--presidente da câmara municipal, para quem este é “um evento de referência não só na região, mas em todo o país”

-PUB-

A edição de 2023 foi um sucesso, com recorde de visitantes. Quais são as expectativas para a XXVI Feira da Caça e Turismo?
O ano passado, e num período de pós pandemia, as pessoas estavam sedentas de eventos como este, por serem uma oportunidade de conviver e rever amigos. Esse foi um elemento preponderante para o sucesso da edição anterior. É sempre difícil dizer o que vai acontecer. Queremos sempre que a edição deste ano seja melhor que a anterior, mas chega a uma altura que começa a ser difícil. Se for igual, e não houver nenhum problema, já é satisfatório. É um evento cinegético de referência na região, mas também em todo o país. Temos a grande responsabilidade de manter vivo este certame e tentamos algum toque de inovação. Para este ano, temos boas expectativas. Acreditamos que vamos manter os 40 mil visitantes.

O que destaca da programação?
Preparámos uma programação diversificada, com seminários, workshops, montarias ao javali, corridas de galgos, prova de beleza de cães, falcoaria. Destaque ainda para a Prova de Santo Humberto, o Raid Turístico ou a Copa Ibérica de Cetraria. Será um fim de semana de muita festa e diversão, onde não faltará animação noturna. É uma feira com atividades para todas as idades e para vários gostos.

Quem vier à feira, o que vai encontrar?
Vai encontrar, acima de tudo, vários produtos endógenos do concelho e não só, porque temos expositores de vários pontos do país, como Alentejo ou Lisboa. Serão cerca de 150 expositores e, desde já, peço desculpa a quem ficou de fora porque, realmente, já não temos espaço. A procura é muito grande.

Daí a intenção de construir uma nova nave, de que se fala há alguns anos. Como está essa questão?
É uma obra elementar no quadro comunitário e que já foi sinalizada. Agora, temos que esperar pela abertura dos quadros comunitários e que seja elegível. O espaço atual já é pequeno e, além disso, acarreta mais despesas porque temos que alugar as naves. Cerca de 70% do orçamento da feira é para as naves, daí que esta obra é, para nós, uma prioridade. Acredito que será uma obra que iremos conseguir realizar, com apoio comunitário, claro, porque estamos a falar de um volume financeiro elevadíssimo, na ordem dos quatro milhões de euros.

©EN

Em simultâneo, decorre a XXVIII Festa dos Caçadores do Norte, que é também uma referência.
Sim. Este é um evento que surgiu por causa dos caçadores e estamos à espera de cerca de 700. Muitos deles acabam por trazer as famílias e tudo isso é positivo para a economia do concelho.

E porquê unir “caça” e “turismo” num só evento?
Porque o turismo cinegético é uma realidade neste território. No fundo, queremos mostrar que Macedo de Cavaleiros é muito mais que o Azibo no verão. Temos boas práticas, bons produtos endógenos, natureza, caça e culturas variadíssimas. Temos, também, os Caretos de Podence que fazem com que o nosso Carnaval seja conhecido além-fronteiras. Há pouca indústria e pouco apoio do Governo para que o interior se desenvolva, daí que estes eventos são importantes para projetar a imagem do concelho.

Estamos a falar de um retorno de que valores?
Não sei precisar, mas é um retorno enorme. Estamos a falar de quatro dias em que passam por Macedo de Cavaleiros milhares de pessoas. A hotelaria e a restauração estão repletas, pelo menos aqui na zona envolvente da cidade. Além disso, acredito que os concelhos vizinhos também usufruam deste momento, como nós o fazemos quando há eventos nesses concelhos. É muito dinheiro à volta deste evento. Falamos, certamente, de centenas de milhares de euros. Não consigo precisar, mas é um retorno grande e temos consciência da importância deste evento para economia dos produtores.

E qual é o orçamento para a edição deste ano?
Ronda os 200 mil euros, sendo que, como já disse, cerca de 70% são para o aluguer das naves e dos stands.

A caça é uma atividade mal vista por muitas pessoas. Como está o setor no concelho?
Acho que há cada vez menos gente a caçar, até porque a caça menor atravessa um período conturbado, com as doenças no coelho e da caça massiva das outras espécies. Ao nível da caça maior há a questão da peste suína que, felizmente, ainda não chegou ao nosso território. Nessa altura, teremos de encontrar estratégias para colmatar esse problema. Temos um número considerável de javalis na região e é importante haver caça, por uma questão de equilíbrio da natureza. É importante perceber que os caçadores não são assassinos e sabem quando têm de parar.

Para aqueles que ainda estão indecisos, por que razão devem vir à feira?
Se quiserem ter um dia diferente, com diversas atividades, acho que não se vão arrepender. Quem gosta de cães, de falcoaria, de desportos radicais e de comer bem, tem que vir a Macedo de Cavaleiros. Terão à sua espera um ambiente muito acolhedor, numa clara oportunidade de conviver, conhecer pessoas e rever amigos.

 

APOIE O NOSSO TRABALHO. APOIE O JORNALISMO DE PROXIMIDADE.

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo regional e de proximidade. O acesso à maioria das notícias da VTM (ainda) é livre, mas não é gratuito, o jornalismo custa dinheiro e exige investimento. Esta contribuição é uma forma de apoiar de forma direta A Voz de Trás-os-Montes e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente e de proximidade, mas não só. É continuar a informar apesar de todas as contingências do confinamento, sem termos parado um único dia.

Contribua com um donativo!

VÍDEOS

Mais lidas

ÚLTIMAS NOTÍCIAS