José Gouveia, presidente da Direcção da Adega Cooperativa, justificou que esta estratégia comercial, aliada à qualidade dos vinhos da agremiação pode ser uma mais-valia. “A nossa aposta na denominação “Fernão Magalhães” é uma homenagem ao navegador e pretende ser também uma aposta mais forte na imagem de grande visibilidade e universal desta personalidade histórica.
“Até agora, já tínhamos esta marca nos brancos e tintos, de Denominação de Origem Controlada, mas vamos passar também para o vinho do porto, desaparecendo o ‘Loreto’. Esta é uma denominação ‘chapéu’. Os vinhos de mesa continuam com a marca que têm. Os DOC, os portos e o regional serão abrangidos pela mesma marca, ‘Fernão Magalhães’. Esta estratégia vai permitir ficarmos apenas com duas denominações comerciais”.
A Adega Cooperativa de Sabrosa vai produzir pela segunda vez um porto de 10 anos. Um vinho que envelheceu e que resulta de uma selecção criteriosa que se fez ao longo do tempo das melhores uvas, oriundas dos sócios, maioritariamente com as letras A e B. “Deixou-se envelhecer em casco de carvalho, provou-se e o vinho obtido foi de óptima qualidade”. Vai ser lançado antes da Páscoa, com a marca “porto 10 anos – Fernão Magalhães”, disse José Gouveia.
Deste porto foram produzidos cerca de 15 mil litros de vinho, estagiado em cascos de carvalho, sendo que o berço deste precioso néctar são os melhores vinhedos da freguesia de Sabrosa, com as suas encostas viradas para Cheires.
No que diz respeito à última vindima, a adega, que tem cerca de 500 associados, colheu à volta de 2.300 pipas, sendo 60 por cento de tinto e 40 por cento de branco. Números que reflectem um aumento de produção de mais 25 por cento em relação ao ano anterior. Com uma capacidade de armazenagem de 6 mil pipas, nunca atingiu o seu máximo, porém o pico de produção já chegou às 4 mil pipas.