Segunda-feira, 19 de Maio de 2025
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Fiéis encheram a Sé para prestar homenagem ao Papa Francisco

Bispo elogiou o “homem de fé alegre, corajosa e desassombrada” baseada na fraternidade, alegria, paz e esperança

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Foi numa Sé cheia que o bispo da Diocese de Vila Real, D. António Augusto Azevedo, lembrou o legado do Papa Francisco e agradeceu a marca que deixa com o seu pontificado assente na alegria, paz, fraternidade e esperança. Estas palavras-chave “encontram o seu fundamento e significado mais amplo à luz da fé pascal”, sublinhou, apontando a coincidência da sua morte ter acontecido na época da Páscoa.

Na missa de sufrágio pelo sumo pontífice, na quarta-feira (23), que foi de “reconhecimento e gratidão por tudo o que ele nos ensinou e pelas marcas fortes que deixou nas nossas vidas”, o bispo diocesano assinalou que Francisco foi “o Papa da alegria” e “arauto incansável” pela paz, que “inunda os corações e liberta do mal, do ódio, do ressentimento e do desejo de vingança”. “Infelizmente os seus apelos à paz nem sempre foram escutados”, mencionou ainda na homília.

D. António Azevedo destacou a defesa de “uma humanidade mais fraterna, como “filhos da mesma terra que alberga a todos”, e salientou que “as religiões deveriam estar na linha da frente na promoção da cultura da proximidade e do diálogo”. Também a esperança tem “tonalidade pascal” e levou o Papa Francisco a iniciar “processos de renovação na vida da Igreja”.

Definindo-o como “um grande Pastor, um grande ser humano e sobretudo um homem de fé, uma fé pascal, alegre, corajosa e desassombrada”, o bispo destacou a “particular atenção para com os mais pobres e desvalidos”, ensinando “a não cair na indiferença”, recordando o amor e a compaixão que levou a “presos, migrantes, idosos, doentes ou incapacitados”.

A assistir a esta missa de sufrágio estiveram muitos fiéis que encheram a Sé de Vila Real. Dominique Trindade quis prestar homenagem ao Papa, que “deixou uma grande lembrança de força, luz e esperança”, e deseja “que o próximo seja tão bom como este”.

Do Peso da Régua, Maria João Lima também não quis faltar à missa de sufrágio, devido “à admiração pelo Santo Padre”, destacando o legado de “união, fraternidade e amor” e recordou a participação nas Jornadas Mundiais da Juventude em Lisboa, e a mensagem de que a igreja é de “todos, todos, todos”.

Ana Maria Durão, que é membro da Ordem Franciscana Secular de Vila Real, foi homenagear o Papa, que diz ser “uma pessoa incontornável”, e representante dos valores franciscanos de “humildade e fraternidade”.

Para António Barros esta foi “uma celebração especial, assim como o Papa é uma pessoa especial”, porque “se aproximava das pessoas, do povo e de que toda a gente gostava, e criava empatia com todos”. “Penso que não conseguiu uma abertura maior, como abrir mais a Igreja às mulheres”, mas foi um Papa “que mostrou a sua diferença e esteve mais próximo das pessoas”, esperando que o escolhido para o substituir “dê continuidade” a esta atitude.

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