Sexta-feira, 6 de Dezembro de 2024
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“Formamos um grande grupo, sempre disponível para fazer melhor”

Nuno Barbosa, de 43 anos, treinador do SC Vila Real, foi o convidado do programa “Bola ao Centro”, onde falou sobre as dificuldades sentidas ao longo da época e da recompensa final, com a permanência no Campeonato de Portugal (CP).

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Cresceu a ver o pai e os tios a jogar futebol. Começou a jogar nas camadas jovens do Freamunde, mas sempre quis ser treinador. Formou-se em Educação Física e Desporto na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, mas dar aulas não era aquilo que desejava.

Seguiu o sonho de ser treinador aos 25 anos. Já passou por vários clubes, com destaque para a passagem pelo Spartak Trnava, formação da Eslováquia, que competiu na Liga Europa. No mesmo país esteve no FC Senika e passou ainda pelo Interclube, de Angola, pelo FC Rieti, da Série C italiana, pelo Mirandela e pelo Pedras Salgadas, SC Vila Real, Guimarães B, entre outros.

Tal como na primeira vez que tinha passado pelo SC Vila Real (202/21) em que alcançou a manutenção quando poucos acreditavam, voltou a repetir a dose esta época, com a manutenção alcançada último minuto do jogo com o Tirsense.

“Foi um início de época difícil. Nos primeiros oito jogos, em seis acabamos com 10. Começamos com as contratações e depois as lesões. Nos primeiros jogos fomos uns anjinhos, tínhamos de ser mais agressivos no bom sentido”, explica o técnico, adiantando que na segunda volta “não tivemos tantos problemas e fomos equilibrados. Disse aos jogadores temos de ter respeito, paixão e compromisso, e fazer o nosso trabalho, porque o monstro vai acordar e acabou por acordar”.

Acrescentou que trabalhou com “um grande grupo, com muito caráter e jogadores que sempre disponíveis para fazer melhor. Houve jogos em que tiveram de aturar o treinador, que tem mau feitio, mas fomos muitos disciplinados”.

Num campeonato muito competitivo, Nuno Barbosa admite que os treinadores estão muito dependentes dos resultados, já que neste mundo só se dá valor ao sucesso. Mas os treinadores tentam potenciar os jogadores e tirar o seu melhor. Não monto uma estratégia em função de um jogador, mas sim de uma equipa”. Por exemplo, o “Madureira ou o Liberal fizeram uma boa época, porque, durante a semana, o Nuno e o Nicolatti não lhe deram descanso nos treinos. Trabalharam no limite”.

Questionado sobre o facto de o plantel ser curto, o técnico revela que ao ter menos jogadores, “temos mais possibilidade de chamar pelo menos um jogador dos sub19 à nossa equipa. E se queremos criar estímulos nos jogadores mais novos, terá de ser assim”.
Relativamente ao formato atual do CP, Nuno Barbosa considera que este modelo “está errado. Se queremos potenciar o jogador português, temos de lhe dar jogos. O modelo está em consulta pública e não serei eu a mudá-lo, terão de ser os dirigentes, mas até seria fácil ter mais um mês de competição”.

Sobre a possibilidade de continuar à frente do SC Vila Real, o treinador revelou que “ainda está no momento da ressaca e a aguardar no meu canto sossegadinho. Ainda não houve nenhuma abordagem, vamos ver o que acontece”.

VEJA O VÍDEO DO PROGRAMA

BOLA AO CENTRO – NUNO BARBOSA

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