Tem havido esforços contínuos para travar este despovoamento, promovendo a atividade empresarial regional. À cabeça destes esforços está a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), que constitui um dos principais motores de desenvolvimento socioeconómico da região.
A UTAD tem-se distinguido na produção, valorização e transferência do conhecimento, nomeadamente em áreas de grande potencial e valor, como as engenharias, as ciências biomédicas, o ambiente ou as smart cities. Há um trabalho consolidado de translação do conhecimento do campus para o tecido empresarial, sob a forma de inovação, spin-offs, tecnologia e serviços de I&D às empresas.
Mas à semelhança do que acontece no resto do país, existe margem para tornar mais efetiva a cooperação entre a academia e o tecido empresarial transmontano. Creio que o desenvolvimento da região passa, cada vez mais, pela maximização do potencial científico e tecnológico da UTAD.
Neste sentido, há que expandir os projetos de I&D+i em meio empresarial com investigadores da UTAD. Importa ainda incentivar a inserção de doutorados em empresas regionais, a partir dos instrumentos específicos para esse fim. Por último, é fundamental apoiar a integração de empresas transmontanas em plataformas tecnológicas e redes de inovação internacionais, aproveitando a internacionalização da UTAD.
A região deve beneficiar mais desta crescente internacionalização. A participação da UTAD em projetos europeus, o seu intercâmbio académico e científico, a sua integração nas redes globais de conhecimento e a sua capacidade de atração de estudantes internacionais representam uma massa crítica de enorme importância para o desenvolvimento de Trás-os-Montes.
