Sábado, 25 de Janeiro de 2025
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“Futuro passa pela transição energética”

É preciso recuar até 2011 para perceber como surgiu a Expandiliga.

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A empresa, situada na Zona Industrial de Constantim, em Vila Real, é fruto de um “desafio” feito a João Leite, por parte de um cliente, para “explorar a rede deles em Trás-os-Montes e Alto Douro”.

Assim, “a Expandiliga apareceu para representar uma marca, na altura a TNT Express, que, entretanto, foi adquirida pela Fedex”, explica João Leite, que acabou por trocar a sua terra natal, a Maia, por Vila Real, para tomar conta de toda a operação.

A empresa dedica-se à recolha, tratamento, transporte e distribuição, nacional e internacional, de envios postais, incluindo, na sua atividade, entregas ao domicílio e serviço de estafetas urbanos. Atualmente, “contamos com 65 viaturas e cerca de 70 funcionários”, indica, revelando que “a empresa tem crescido de forma estruturada, com os pés bem assentes na terra”.

Em jeito de balanço, João Leite olha para os últimos 10 anos e lembra que “passámos por uma crise económica e social (Troika), depois uma pandemia e agora estamos com uma guerra. São muitos acontecimentos e não conseguimos perceber aquilo que o futuro nos reserva”. E sobre a pandemia, não esconde que “afetou-nos, essencialmente, a nível operacional, porque não sabíamos quem é que estaria disponível no dia seguinte para trabalhar”.

“Neste setor, a transição energética é fundamental e o hidrogénio pode ser a solução mais viável”

Ainda assim, e apesar de todas as adversidades, se olharmos para o ranking das 500 maiores empresas da região, 2021 foi um ano bom para a Expandiliga, que subiu 46 posições, passando do 282º para o 236º lugar, fruto de um volume de negócios na ordem dos 2,5 milhões de euros.

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

De olhos postos no futuro, e tendo em conta o aumento dos custos, não só com o combustível, mas também com a energia, João Leite admite que “a transição energética é fundamental e de extrema importância”.

A transição energética é importante, mas é necessário haver investimento para tal. “Eu sei que, com a quantidade de carros que tenho na rua, sou responsável por provocar muita poluição, mas a questão é que não tenho alternativa. Não há, no mercado, veículos comerciais que façam face às minhas necessidades, ou seja, com capacidade para percorrer 400 ou 500 quilómetros”, lamenta.

Mas, neste setor, “não basta ter veículos elétricos”. Na opinião deste empresário, a solução pode estar no hidrogénio. “Penso que, em Portugal, este é um investimento que tem sido descurado. No país, existe um único posto de carregamento de hidrogénio, em Cascais, provavelmente porque a empresa mãe do projeto é de lá”, refere João Leite, reforçando que “além dos apoios e investimentos que têm sido feitos, e bem, em painéis solares e carregadores para veículos elétricos, penso que está na altura de repensarmos em outras fontes de energia. Na Austrália, o hidrogénio é a fonte de energia mais importante e em Espanha já está a ser feito um forte investimento. Estamos a falar de um carregamento que demora tanto como abastecer um carro com GPL e com maior durabilidade”.

Por tudo isto, a Expandiliga tem em mãos um projeto para reformular a sua rede de distribuição, com recurso ao hidrogénio, mas que, por agora, “está fechado a sete chaves”.

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