A decisão do Governo já tinha sido noticiada na sexta-feira à noite pelo jornal ‘online’ Observador, explicando que a extinção vai acontecer depois de um relatório da Inspeção-Geral das Finanças ter concluído que a Fundação promovia atividades fora do seu âmbito de atuação legal.
Será a primeira vez que o Estado português extingue uma fundação privada, destaca o jornal ‘online’, segundo o qual já foram notificados os bancos credores, que se recusaram a comentar a decisão, como também nem a Fundação nem Joe Berardo prestaram qualquer declaração.
A Fundação foi criada pelo empresário Joe Berardo, que foi detido em 29 de junho do ano passado, mas que saiu em liberdade mediante o pagamento de uma caução de cinco milhões de euros.
Após primeiro interrogatório judicial, o empresário ficou indiciado de oito crimes de burla qualificada, branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada, dois crimes de abuso de confiança qualificada e um crime de descaminho.
Segundo o Ministério Público, a investigação envolve um grupo “que entre 2006 e 2009 contratou quatro operações de financiamentos com a CGD, no valor de cerca de 439 milhões de euros” e que terá causado “um prejuízo de quase mil milhões de euros” à Caixa Geral de Depósitos (CGD), ao Novo Banco e ao BCP.