Terça-feira, 10 de Dezembro de 2024
No menu items!

Homem em paragem cardiorrespiratória morre por demora na resposta do 112

Um dos casos aconteceu em Bragança, onde uma mulher esteve mais de uma hora a tentar ligar para o 112, por causa do marido.

-PUB-

O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) revelou que duas pessoas morreram, nos últimos dias, por atrasos no atendimento na linha 112, considerando que as condições continuam a agravar-se “por escassez” de profissionais.

Segundo Rui Lázaro, presidente do STEPH, um dos casos aconteceu na quinta-feira, em Bragança, com uma mulher a estar “mais de uma hora” a tentar ligar para o 112, para pedir ajuda para o seu marido, “em paragem cardiorrespiratória”.

“Quando foi atendida, explicou que o marido estava naquela situação há mais de uma hora e que, durante todo aquele tempo, ninguém atendeu”, refere Rui Lázaro.

Na opinião do presidente do sindicato, “se a chamada tivesse sido atendida e ativada uma viatura médica do hospital de Bragança, que se encontrava a cerca de dois minutos, o desfecho poderia ter sido outro”. Contudo, o óbito foi declarado no local.

De acordo com o sindicato, o outro caso aconteceu na freguesia de Moledos, em Tondela, onde uma mulher, de 94 anos, entrou em paragem cardíaca. “Um familiar conseguiu ligar para a linha 112 às 09h34, mas a chamada só foi transferida para o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) às 10:19, cerca de 45 minutos depois”.

A mulher foi, entretanto, transportada para o hospital de Lamego, onde viria a falecer.

Para o STEPH, “estes exemplos de colapso do sistema de emergência médica sucedem-se”, dando conta “do baixo número de TEPH (Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar) para atender chamadas nas centrais de emergência, bem como o elevado número de meios encerrados por falta destes técnicos tem aumentado”, frisando que “as consequências estão à vista”.

APOIE O NOSSO TRABALHO. APOIE O JORNALISMO DE PROXIMIDADE.

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo regional e de proximidade. O acesso à maioria das notícias da VTM (ainda) é livre, mas não é gratuito, o jornalismo custa dinheiro e exige investimento. Esta contribuição é uma forma de apoiar de forma direta A Voz de Trás-os-Montes e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente e de proximidade, mas não só. É continuar a informar apesar de todas as contingências do confinamento, sem termos parado um único dia.

Contribua com um donativo!

VÍDEOS

Mais lidas

ÚLTIMAS NOTÍCIAS