Uma das obras literárias cimeiras de Aquilino é representada no monumento escultório, “Quando os Lobos Uivam”, em 1958. É uma narrativa no tempo do Estado Novo, que estabelece uma nova lei aos beirões, em que os terrenos baldios que sempre tinham sido utilizados para bem comunitário e de onde essa comunidade retirava parte vital do seu sustento, seriam expropriados e utilizados para plantar pinheiros.
Originou-lhe a apreensão do livro e um processo judicial que andou mais de dois anos nos tribunais. A acusação foi arquivada após uma onda de protesto se levantar em Portugal e no estrangeiro.
Esta festa de homenagem uniu o povo, que era sempre retratado de maneira laudatória por Aquilino, que se reuniu a investigadores, académicos, estudiosos da obra do Mestre, a autarcas, a dirigentes de instituições e associações e aos escultores Daniel Castro Gamelas, que gerou o monumento escultórico, e Alcides Rodrigues, que produziu os moldes.
Na cerimónia também esteve presente a família do escritor, os Bombeiros, os músicos da Orquestra Cem Notas, um ilustre naipe de conferencistas, os presidentes da Assembleia e da Câmara Municipal, e a presença importante de José Eduardo Ferreira e Francisco Cardia, ex-autarcas, mentores da obra inaugurada.
O Chefe do Executivo realçou “Vivemos um dia verdadeiramente histórico”.