A partir de segunda-feira, os visitantes poderão visitar na adega “Quanta Terra” a exposição da artista portuguesa, em tem raízes no Douro, mais concretamente em Peso da Régua, cidade onde o seu bisavô foi presidente da câmara municipal. “Tenho memórias da minha infância passada entre as vinhas do Douro, uma vez que a minha família tinha uma quinta na região”, disse, recordando os momentos em que percorria as vinhas íngremes ou tomava banho nos tanques, locais onde Joana Vasconcelos se inspirou para criar algumas das suas obras. “Estar aqui faz todo o sentido, visto que é um tema (vinho) que eu tenho vindo a trabalhar na minha obra, ao longo dos anos e em diferentes peças, o garrafão é um exemplo disso, os castiçais são outro”, afirmou a artista, adiantando que “há muito que tenho vindo a trabalhar o tema do vinho como um dos ícones da identidade portuguesa”.
Numa simbiose perfeita, Joana Vasconcelos encontrou na nova adega o palco para a ligação entre o passado e o presente, entre a tradição e a contemporaneidade, entre a arte, os vinhos e a mais antiga e regulamentada região demarcada do mundo – o Douro.
Celso Pereira, enólogo e proprietário da adega, referiu que foi possível “conjugar a arte com o vinho e a Joana acabou por aceitar o repto. Uma artista plástico da dimensão da Joana vir ao Douro fazer um evento destes que se vai estender de março a junho tem uma importância tremenda para o interior, mostra que queremos ser diferenciadores”.
Patente até 19 de junho, a exposição é o resultado de uma parceria realizada em 2021 entre a Fundação Joana Vasconcelos e os enólogos durienses. Foi ainda lançado um vinho tinto e um espumante, em que os rótulos foram criados pela artista plástica, numa edição limitada, que está à venda na Adega Quanta Terra.