Esta decisão, mostra, segundo o município, que “os territórios servidos por esta ligação aérea são votados ao esquecimento por parte do Estado Central, que continua a tratar esta parte do país e os seus habitantes como cidadãs e cidadãos de segunda categoria”.
Apesar de referir que o anterior governo “se atrasou no lançamento do necessário concurso público internacional, já que a concessão anterior terminou no dia 28 de fevereiro”, a culpa, para o município, também recai no governo atual, que tal como o anterior, assinou “ajustes diretos com a empresa concessionária, destinados a manter o serviço em funcionamento”.
Este montante em dívida é, para a autarquia, “vergonhoso”, visto que se trata de um “valor irrisório para o Estado” e que, por outro lado, “é muitíssimo significativo para a empresa que não a consegue cobrar”. A isso, acresce ainda o facto de “quando a consequência da falta de pagamento por parte do governo recai essencialmente sobre uma parte do país que é constantemente votada ao esquecimento”.
Na mesma publicação, a autarquia caracterizou esta ligação aérea “fundamental para a competitividade e para a mobilidade do interior de Portugal” e condenou “fortemente” esta dívida, pedindo que “seja saldada imediatamente”. Por fim, apelou “a que o governo dialogue urgentemente com a empresa concessionária, assegurando que não exista interrupção do serviço aéreo”.