Domingo, 13 de Outubro de 2024
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Marcelo afirma que o país deve consolidar “percurso para a superação da pandemia”

O Presidente da República defendeu ontem que, em 2022, Portugal deve “consolidar o percurso para a superação da pandemia”, considerando que os meses entre janeiro e março serão o “tempo crucial” para fechar “um capítulo da história”

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Na sua tradicional mensagem de Ano Novo, proferida no Palácio de Belém, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que Portugal pode fazer “muito e muito mais” em 2022, apelando a que se consolide o “percurso para a superação da pandemia”.

“Estamos encaminhados, mas falta o fim dos fins. Janeiro a março será o tempo crucial para que o inverno ajude a fechar um capítulo da nossa história, e converta preocupações e aflições em esperanças e confianças”, afirmou.

Segundo o chefe de Estado, 2022 tem de ser o ano em que o país reinventa “as vidas congeladas, adiadas, trucidadas pela pandemia”, designadamente através do uso dos fundos europeus, “que são irrepetíveis”, e que devem ser aplicados “com transparência, rigor, competência e eficácia, combatendo as corrupções e os favorecimentos ilícitos”.

Num discurso centrado à volta de cinco ideias chave – “consolidar, decidir, reinventar, reaproximar, virar a página” -, Marcelo Rebelo de Sousa apelou ainda a que se redescubra a solidariedade e se cuide “dos mais sacrificados pela pandemia, pelo desemprego, pela insolvência pela paragem da vida”, elencando “os mais idosos, os mais doentes, os portadores de deficiência, os desamparados na escola, na busca de profissão ou de casa, na integração numa sociedade diversa”.

“Em particular, olhando para as crianças, cujo futuro tem ficado esquecido pela prioridade dada aos chamados grupos de risco. Elas e eles, todos aqueles que vivem no passeio sem sol da rua da nossa vida comum, vão demorar muito mais tempo a aprender a reviver após o que sofreram”, indicou.

Retraçando o ano de 2021, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que os primeiros seis meses “foram, aqui e lá fora, mais duros do que em 2020, em pandemia, paragem económica, crise social, descompensação nas pessoas e desgaste nas instituições. Resistimos, contivemos, vacinámos, reabrimos escolas presenciais, pusemos a economia a arrancar, exportámos, recebemos turistas outra vez, ensaiámos começar de novo”, frisou.

Recorrendo à expressão popular “ano novo, vida nova”, o chefe de Estado defendeu assim que “2022 tem mesmo de ser ‘ano novo, vida nova’, num mundo com menos pandemia, mais crescimento, menos pobreza, mais empenho nos desafios do clima”.

“Menos egoísmo de povos e Estados, mais atenção ao custo imediato da vida, da energia e dos bens básicos, numa Europa com mais convergência, menos esperas, mais reconstrução, menos desigualdades, mais aposta na juventude, menos solidão para aqueles já não jovens, sobretudo nos países em rápido envelhecimento”, enumerou.

O Presidente da República desejou assim um bom ano para todos os portugueses, “e em especial para as Forças Armadas, as forças de segurança e os civis” que se encontram em “mandatos que prestigiam” o nome de Portugal “nos cinco continentes”.

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