De acordo com os promotores destes “Agabones” (elogio, traduzido do mirandês), o objetivo passa por distinguir os novos e antigos estudantes do 12.º ano com média acima dos 16 valores que tenham frequentado a disciplina de mirandês no seu trajeto escolar.
Os mecenas do prémio são a família Schmidberger Fernandes, Aníbal Fernandes, nascido em Angueira, no concelho de Vimioso e sua mulher, Vera Schmidberger Fernandes, que assim traduzem “o amor e carinho que sentem pela cultura e língua mirandesa e desejam animar e incentivar os alunos do Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro ao estudo da língua mirandesa e sua consequente preservação, bem como recompensar o esforço e o mérito”, lê-se numa nota enviada à agência Lusa pela Associaçon de la Lhéngua i Cultura Mirandesa (ALCM).
“Neste primeiro ano, o prémio foi entregue a Noemi Esteves de Carvalho e João Barrosa Rodrigues, os quais passarão uma das semanas de férias de Páscoa nos Países Baixos, na cidade de Leeuwarden, região dos Países Baixos onde se fala Frísio, uma língua minoritária à semelhança do mirandês”, indicou esta associação.
Os alunos serão acolhidos junto da Fryske Akademy, cujos membros prepararam uma semana de atividades e os acompanharão no seu desenvolvimento.
“Espera-se que os alunos possam ganhar outra visão sobre as línguas minoritárias na Europa e o papel que podem ou devem representar na construção europeia”, acrescentou a ALCM.
A disciplina de língua mirandesa é lecionada no Agrupamento de Escolas de Miranda do Douro em todos os ciclos e anos escolares e no presente ano letivo frequentam a disciplina 78% da totalidade dos alunos matriculados.
Portugal assinou a Carta Europeia das Línguas Regionais e Minoritárias em 2021.