Arrancar vinha, sim, mas condicionado à especificidade da região duriense. Este foi o desejo (já conhecido) de Jaime Silva, manifestado no âmbito da visita de uma comitiva dos Ministros da Agricultura da União Europeia à região do Douro.
A posição do Ministro português foi ouvida, pela Comissária Europeia para a Agricultura, Desenvolvimento Rural, Fischer-Boel que lembrou que a medida comunitária poderá beneficiar os lavradores durienses, cujos vinhos sejam de qualidade inferior. Para já, um acordo entre os países europeus quanto à percentagem de arranque de vinha parece ser o objectivo da Comissária, mas que, até agora, ainda não foi definido.
“Para nós, portugueses, a proposta é melhor do que o regulamento que está em vigor e a liberalização deverá começar apenas em 2014, para nos adaptarmos a um mercado liberalizado” – disse Jaime Silva.
De referir que houve uma ausência de vulto, na comitiva europeia. Precisamente o Ministro da Agricultura da Alemanha, país que coloca muitas reservas quanto ao fim das ajudas à “chaptelização” (adição de açúcar no vinho).
Os Ministros da UE visitaram a Quinta do Seixo, em Tabuaço, onde a Sogrape inaugurou o seu mais recente investimento no Douro, consubstanciado na remodelação da adega da quinta, obra no valor de 7,5 milhões de euros que elevou a capacidade de vinificação, para 2,5 milhões de litros. A comitiva comunitária esteve ainda na cidade da Régua (onde visitou as instalações das Caves do Vale do Rodo) e no Pinhão.
Jmcardoso