Depois de o PS de Vila Real ter criticado o PSD sobre o aterro intermunicipal de Andrães, em Vila Real, lamentando que o atual Governo não tenha uma “estratégia” para resolver o problema, Nataniel Araújo, que também foi citado no comunicado do PS local, responde aos socialistas, afirmando que o “PS de Vila Real, numa tentativa desesperada de fugir às suas responsabilidades, recorre a ataques e desinformação para mascarar a sua própria inércia e falta de soluções concretas para o problema do aterro de Andrães. Mas os factos não mentem: tanto a gestão socialista da Câmara Municipal de Vila Real como o anterior Governo PS seguiram a mesma estratégia de inação e irresponsabilidade, empurrando a região e o país para um cenário crítico”.
Segundo o vereador da Câmara de Vila Real, com mandato suspenso, “durante 12 anos, a Câmara Municipal de Vila Real, sob a liderança socialista de Rui Santos, teve todas as condições para antecipar soluções sustentáveis para a gestão de resíduos, mas escolheu nada fazer. A nível nacional, o cenário foi o mesmo: o Governo PS permaneceu de braços cruzados, conduzindo o país a um risco iminente de incumprimento das metas comunitárias de reciclagem e deposição de resíduos”.
Na mesma nota, Nataniel Araújo lamenta que o “executivo socialista de Rui Santos tenha antecipado o encerramento do aterro de Andrães, de 2024 para 2022, sem apresentar uma única solução credível para os resíduos da região”, lembrando que a Câmara Municipal de Vila Real “rejeitou a proposta da Resinorte para aumentar a capacidade do aterro através da alteração das metodologias de deposição de resíduos, sem oferecer qualquer alternativa concreta”.
Sustenta ainda que o Governo PS “negligenciou por completo a necessidade de reforçar a capacidade nacional de tratamento de resíduos, deixando um legado de colapso iminente ao atual executivo”.
Entretanto, de acordo com o mesmo responsável, o atual Governo criou um Grupo de Trabalho para os Resíduos, que encontrou um “verdadeiro desastre”, uma vez que a “deposição em aterro representa 59% dos resíduos urbanos, um valor escandaloso face à meta europeia de apenas 10% até 2035”. Além disso, a taxa de reciclagem “está estagnada nos 32%, longe da meta de 55% para 2025 e dos 35 aterros existentes, “apenas 13 têm disponibilidade superior a 20% da capacidade licenciada”.
Perante esta herança socialista de “desleixo e negligência”, o atual Governo “implementou medidas concretas e urgentes, como a criação do Plano de Ação TERRA – Transformação Eficiente de Resíduos em Recursos Ambientais, identificou soluções imediatas para evitar o colapso da capacidade de deposição no Norte, estabeleceu medidas para ampliar a capacidade de reciclagem e valorização energética, reformulou o Regime Geral de Gestão de Resíduos para garantir maior eficiência e transparência”, sustenta o comunicado.
Nataniel Araújo reafirma que, durante 12 anos, a gestão socialista “ignorou o problema dos resíduos a nível municipal, e durante oito anos o Governo PS fez o mesmo a nível nacional”, lamentando que tentem agora “desviar atenções e culpar outros pela sua incompetência”.