Depois de passar por clubes como Caça e Pesca, Régua, Diogo Cão e Fontelas, Bruno Guedes, de 31 anos, deixou os relvados muito cedo (25 anos) e abraçou o desafio de ser treinador, após um convite de João Machado. “Na altura ele treinava o futebol feminino do SC Vila Real, onde jogava a minha irmã, a quem perguntou se conhecia alguém para ajudar. Ela falou-lhe de mim. Foi ter com ele, que só me exigiu tirar o curso de treinador de nível 1 e assim comecei, quase por acaso”.
Antes de assumir o FC Fontelas, estava a treinar os Sub-16 do Régua, quando o presidente o convidou. “Jogamos juntos e somos grandes amigos. Ele apresentou-me o projeto e já estamos a preparar a próxima época, ano em que o clube completa o seu centenário. Queremos fazer um campeonato digno com a história do clube”.
Quando chegou encontrou um grupo “muito unido, com gente nova, mas somos poucos (12)”. No entanto, “acredito na sua qualidade. Temos de recorrer aos juniores e têm dado uma resposta positiva”.
Para alcançar vitórias, o técnico revela que falta experiência ao plantel. “São novos, temos poucas soluções no banco e isso reflete-se nas segundas partes dos jogos”.
Como referências no seu percurso, destaca Hélder Ferreira no Fontelas, mas também Paulo Ferreira que o levou pela primeira vez aos seniores do Régua. E o Bruno Carvalhosa.
“Foram os treinadores que mais me marcaram”.
Gosta mais de treinar os seniores, mas já tem saudades da formação. “Tínhamos uma boa equipa. E recorda que são os pais o grande problema da formação, porque têm muita influência sobre os miúdos”.
Nesta Liga de Prata, elege o Cerva como aquela que mais o surpreendeu. “O Cerva troca a bola com boas dinâmicas, com objetivos definidos e foi a equipa que mais gostei de ver jogar”.
A preparar a próxima temporada, refere que “queremos fazer uma boa época, potenciar jogadores e implementar a nossa maneira de jogar”.
No futuro, gostava de treinar o Régua. “Queria ser campeão como treinador do clube do meu coração. E conseguir viver apenas do futebol.