As autoridades públicas têm dirigido apelos constantes aos cidadãos para todos colaborarem na prevenção e luta contra dos incêndios florestais. Também à Diocese foi feito expressamente um pedido análogo para que os párocos sensibilizem os fiéis para este perigo social.
Já em Abril de 1996, a Conferência Episcopal publicou sobre este tema uma «Nota Pastoral» lembrando os aspectos de natureza económica, social e religiosa implicados nos incêndios florestais e que justificam o empenho do cristão na luta contra os mesmos e na defesa da terra: «avultados prejuízos económicos actuais e durante vários anos, desaparecimento de água e desertificação das terras, aumento de temperatura e diminuição das chuvas pela ausência de vegetação, poluição do ar e dificuldades de respiração nos idosos e doentes, o sentimento constante de pânico e de abandono das populações rurais já martirizadas pelo despovoamento e pela invasão de animais estranhos e de caça que destroem as poucas culturas existentes, e a atitude de desprezo pela terra o berço natural dado por Deus ao homem».
Diz-se naquela Nota ser muito importante «o modo como se fala desta questão. É negativo falar-se dos incêndios como uma área meramente policial confiada a grupos assalariados, ou como uma fatalidade cíclica ou como espectáculo de multidões». Urge criar um sentimento de «solidariedade» de pessoas, das populações rurais e urbanas, dos meios de comunicação social e dos indivíduos, de proprietários e de estruturas oficiais.
Os párocos são assim aconselhados a fazer sobre esta ameaça a reflexão homiliética conveniente.
Vila Real, 12 de Julho de 2007
Vigararia Geral da Diocese de Vila Real