Após uma candidatura, o professor, natural de Atilhó, Boticas, foi um dos escolhidos para a final do prémio, cujo resultado vai ser conhecido esta sexta-feira (19).
Para o docente “o verdadeiro prémio” é “ver as crianças felizes, solidárias, autónomas e capazes”, mas ainda assim admite que “ter uma equipa e um júri que reconhece a qualidade do trabalho e a especial relevância das práticas aplicadas é motivo de enorme regozijo”.
Quanto a expectativas, afirma que “todos os professores finalistas têm um trabalho notável. E há dez finalistas”. Mas o professor também garante que “enquanto há vida há esperança” e que chegar a este momento, “numa candidatura que foi absolutamente exigente”, foi uma boa experiência, “pelo conhecimento partilhado, para encontrar novas formas de estar na profissão”, encarando a candidatura “a brincar e a ser feliz”.
OUVIR E BRINCAR
Questionado sobre o que é preciso para ser um bom educador de infância, Nuno apontou para “a forma como se sente a educação, num profundo respeito pelas crianças”.
No seu caso, salienta o “modo pedagógico”, “muito centrado nas pedagogias participativas, de cariz socioconstrutivista e baseadas na escuta ativa da voz das crianças”. Para o educador é necessário “aprimorar a escuta sensível” e “perceber a gramática das crianças através das múltiplas linguagens”, destacando o papel essencial da brincadeira, que considera ser “o eixo central da educação de infância e a grande linguagem através da qual a criança melhor se expressa”.
Nuno é educador há 19 anos e, desde muito cedo, quando lhe perguntavam o que queria ser, sempre respondia: “professor, para ajudar as crianças”.
Numa sessão na Câmara Municipal, Nuno Gonçalves foi homenageado por alunos, colegas e pelo município. Nuno Gonçalves é mestre em ciências da educação, em educação especial, especialista em intervenção precoce e cognitivo motor, coordena uma equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva e promoveu os projetos ”Laboratório dos Sentidos”, “Maias Floridas desfile em Flor” e “Há histórias na cidade”, que envolveram famílias, crianças e comunidade educativa.