Formado no SC Vila Real, saiu ainda muito jovem para Amarante, seguindo-se o Benfica de Castelo Branco, Leiria, Salgueiros, Praiense e andou também pelo estrangeiro, onde chegou a ser campeão em Andorra. Regressou à terra natal e ao clube que o formou para o futebol na época 2020/2021.
Esta temporada, e com o clube a disputar a série A do CP, os primeiros jogos não foram fáceis, as vitórias não apareciam e o clube teimava em manter-se nos últimos lugares da classificação. Na segunda volta, o cenário começou a melhorar e a equipa a crescer. “Não começámos bem. Mas, nesta fase, vínhamos numa sequência muito boa e sabíamos que em casa poderíamos marcar a qualquer momento. E também para o campeonato só perdemos em casa com o Pevidém, pelo que acreditávamos que era possível vencer, até porque o ambiente interno era bom”.
Sobre o golo que garantiu a permanência, André Azevedo confessa que nunca viu o Calvário com aquela moldura humana e sempre acreditaram que era possível. “A meio do jogo disse ao Zé Pedro para meter a bola que eu ia marcar. Acreditávamos que podia dar, agora não sabia que seria no último minuto. Quando estava com a bola nos pés, parece que passa muita coisa pela cabeça, mas a minha ideia foi receber a bola, olhar para a baliza e levá-la para mais perto. Eu fiquei no meio-campo, o guarda-redes deles subiu até à área. O Madureira ficou com a bola e passou-me. A minha ideia era levá-la mais perto da baliza e rematar. Foi um momento único, que vou recordar como o melhor da minha carreira”.
Além deste golo, André Azevedo foi também o herói de Pedras Rubras quando o Vila Real garantiu a permanência no último jogo na época 2020/21. “Não sei se sou talhado para estes momentos, sei que sou talhado para marcar golos”.
“O mister foi muito importante, motivou-nos sempre, mesmo quando não tínhamos vitórias”, acrescentou, a propósito da permanência.
Relativamente ao formato atual do CP, o avançado lamenta a forma como está organizado. “É injusto e não é atrativo para ninguém. Descem muitas equipas e os jogadores também ficam penalizados a nível financeiro, com quatro meses praticamente sem competição”. Pelo que defende um modelo idêntico à antiga II Divisão B, com a zona Norte, Centro e Sul. “Havia mais jogos e acredito que haveria maior competitividade”.
Para o futuro, André Azevedo gostaria de continuar nos alvinegros. “Ainda nada foi falado, mas gostaria de ficar. Até poderia acabar a carreia este ano, da forma como foi, mas tenho o sonho de ajudar o Vila Real a subir para a Liga 3”.
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BOLA AO CENTRO – ANDRÉ AZEVEDO