Domingo, 19 de Maio de 2024
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Urbi et Orbi: Papa denuncia “matança dos inocentes” no mundo contemporâneo

Francisco desafia católicos a ser "voz de quem não tem voz"

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O Papa denunciou hoje, no Vaticano, o que apresentou como “matança dos inocentes” promovida no mundo contemporâneo, por causa da guerra, da crise migratória e do aborto.

“Quantas matanças de inocentes no mundo! No ventre materno, nas rotas dos desesperados à procura de esperança, nas vidas de muitas crianças cuja infância é devastada pela guerra. São os pequeninos Jesus de hoje, estas crianças cujas vidas são devastadas pela guerra, pelas guerras”, declarou, na sua mensagem de Natal, antes da bênção ‘Urbi et Orbi’ (à cidade [de Roma] e ao mundo), desde a varanda da Basílica de São Pedro.

Francisco sublinhou que, nos Evangelhos, essa “matança dos inocentes” acontece em Belém, pouco depois do nascimento de Jesus, por ação do “príncipe deste mundo”, isto é, o diabo.

A intervenção convidou os católicos a ser “voz de quem não tem voz”.

“A voz dos inocentes, que morreram por falta de água e pão; voz de quantos não conseguem encontrar emprego ou que o perderam; voz de quem é constrangido a abandonar a sua terra natal à procura dum futuro melhor, arriscando a vida em viagens extenuantes e à mercê de traficantes sem escrúpulos”, precisou.

Na data em que a Igreja Católica celebra o nascimento de Jesus, Francisco surgiu na varanda central da Basílica de São Pedro, acompanhado, entre outros, pelo cardeal português D. José Tolentino Mendonça, para desejar “Bom Natal” aos peregrinos presentes na Praça e a todos quantos acompanharam a transmissão através de televisões, em dezenas de países, e nos canais do Vaticano.

“Hoje em Belém, por entre as trevas da terra, acendeu-se esta chama inextinguível; hoje, sobre as trevas do mundo, prevalece a luz de Deus, que a todo o homem ilumina: alegremo-nos por esta graça”, disse.

Francisco apontou à celebração do Ano Santo de 2025, falando do “tempo de graça e esperança do Jubileu”.

“Que este período de preparação seja ocasião para converter o coração; dizer não à guerra e sim à paz; responder com alegria ao convite do Senhor que nos chama, como profetizou Isaías, para levar a boa-nova aos pobres, para curar os desesperados, para anunciar a libertação aos exilados e a liberdade aos prisioneiros”, referiu.

“Estas palavras cumpriram-se em Jesus, hoje nascido em Belém. Acolhamo-lo, abramos -lhe o coração a Ele, o Salvador, o Príncipe da paz”, concluiu.

A bênção ‘Urbi et Orbi’ foi precedida pela execução dos hinos do Vaticano e da Itália, pelas bandas da Gendarmaria Pontifícia e dos Carabinieri, com as saudações militares da Guarda Suíça e das Forças Armadas italianas.

Francisco leu a sua intervenção sentado, mas permaneceu de pé após a bênção, saudando as pessoas presentes.

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