Sábado, 7 de Dezembro de 2024
No menu items!

Portugal entre os países com dívida pública mais elevada

Portugal é hoje o 3.º país da União Europeia com a dívida pública mais elevada, representando 123% do valor do Produto Interno Bruto no 2.º semestre de 2022 (era 117% em 2019, pré-pandemia).

-PUB-

Acima de Portugal, estão apenas a Grécia e Itália, com 182% e 150%, respetivamente. Estes valores são bastante superiores à média da União Europeia, que em 2021 registou 86%.​
Para que a dívida portuguesa fosse paga na sua totalidade, seria necessário que cada 
português pagasse um valor aproximado de 28 mil €, o que contrasta com os 6.700 € 
que seriam necessários em 2000. A dívida pública (avaliada em relação ao PIB), tem 
evidenciado uma trajetória crescente desde o início do século, quando era de apenas 
56% e Portugal estava a meio da tabela (14.º), abaixo do valor médio europeu (69%) e 
do limite máximo para a dívida pública estabelecido pelo Pacto de Estabilidade e 
Crescimento da UE (60%).
Várias causas são apontadas para o crescimento da dívida pública portuguesa. Uma 
delas é a grande recessão de 2008, que provocou a crise das dívidas soberanas, 
levando à queda da economia. Os empréstimos da Troika, após pedido de resgate 
internacional pelo governo de José Sócrates, são outro dos grandes fatores apontados. 
O grupo formado pela Comissão Europeia, BCE e FMI fez um empréstimo no valor de 
78 mil milhões € (47% do PIB) aquando do memorando de entendimento assinado por 
José Sócrates. Outro dos fatores, por exemplo, é a passagem da dívida de empresas 
públicas (Metro, CP, Carris) para o domínio do Tesouro, entrando assim na 
contabilidade oficial da dívida portuguesa. Mais recentemente, a pandemia obrigou o
Estado a endividar-se ainda mais para conseguir distribuir apoios económicos e sociais 
pelos indivíduos e empresas mais afetados pelos efeitos nefastos da paralisação da 
economia. 
 
Não só não temos conseguido convergir de forma consistente com a União Europeia, 
como ainda por cima carregamos um fardo de endividamento e de dependência com 
entidades internacionais, em particular os bancos centrais. Maldito fado… 

APOIE O NOSSO TRABALHO. APOIE O JORNALISMO DE PROXIMIDADE.

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo regional e de proximidade. O acesso à maioria das notícias da VTM (ainda) é livre, mas não é gratuito, o jornalismo custa dinheiro e exige investimento. Esta contribuição é uma forma de apoiar de forma direta A Voz de Trás-os-Montes e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente e de proximidade, mas não só. É continuar a informar apesar de todas as contingências do confinamento, sem termos parado um único dia.

Contribua com um donativo!

VÍDEOS

Mais lidas

ÚLTIMAS NOTÍCIAS