Durante um ano foram realizadas cerca de uma centena de iniciativas que assinalaram a elevação do Alto Douro Vinhateiro a Património Mundial e, no dia 14 de dezembro, na Casa de Mateus, em Vila Real, realiza-se a cerimónia de encerramento das comemorações.
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) divulgou hoje que, no dia do 21.º aniversário do Património Mundial, será divulgado o vencedor do prémio Arquitetura do Douro 2022 e lançado um novo prémio, o Vinha Douro.
O Vinha Douro visa distinguir as boas práticas em viticultura que salvaguardem os interesses patrimoniais e que sejam exemplo de boas práticas do ponto de vista ambiental, no território classificado pela UNESCO.
Lançado em 2006 pela CCDR-N, o prémio Arquitetura do Douro tem uma periodicidade bienal e visa divulgar e promover a “excelência da arquitetura” no Alto Douro Vinhateiro e “boas práticas” no exercício da arquitetura em obras de construção, conservação e reabilitação de edifícios, bem como intervenções de redesenho urbano no espaço público.
Podem candidatar-se edificações ou conjuntos arquitetónicos construídos de raiz ou objeto de grande reabilitação que estejam implantados no território da NUT III Douro e cuja intervenção tenha sido realizada após a classificação pela UNESCO, a 14 de dezembro de 2001.
“Mais do que distinguir, este prémio é um farol que ilumina boas práticas num território sensível, exigente e especial, como é o Douro Vinhateiro Património Mundial, apontando exemplos de futuro. Exemplos com uma filosofia replicável, inspiradora”, afirmou o presidente da CCDR-N, António Cunha, que falava em março, durante o lançamento da edição de 2022.
O prémio conta com a parceria da Direção Regional da Cultura do Norte (DRCN), a Entidade Regional de Turismo Porto e Norte e a Ordem dos Arquitetos – Secção Regional do Norte (OA-SRN).
Na última edição, foi o arquiteto Eduardo Souto Moura que venceu o Prémio de Arquitetura do Douro com a obra da Central Hidroelétrica do Tua, que ficou quase integralmente subterrânea para harmonizar a edificação com a paisagem do Douro Património da Humanidade.
Na mesma altura, António Cunha disse ainda que, “mais do que celebrar o passado, os 20 anos do Douro Património Mundial têm de ser uma oportunidade para debater e projetar o futuro do Douro, sinalizando novas referências e boas práticas de sustentabilidade patrimonial, ambiental, energética, económica e humana”.
No próximo dia 14 de dezembro, o presidente da CCDR-N propõe-se, precisamente, a fazer uma reflexão sobre estas duas décadas e projetar o futuro do Alto Douro Vinhateiro.
Nesse dia estreia-se também a peça sinfónica “Traços de Esplendor” do compositor Fernando Lapa, interpretada pela Orquestra do Norte e dirigida por Fernando Marinho.
Trata-se de uma iniciativa da Liga dos Amigos do Douro Património Mundial, com o apoio do Município de Vila Real e da CCDR-N.
O programa das comemorações prolongou-se por um ano e incluiu iniciativas de caráter cultural, como a estreia da ópera duriense “Mátria”, assim como exposições, concertos, um ciclo de seminários e conferências, ações de marketing de território e de internacionalização, a participação em feiras nacionais e internacionais e um conjunto de iniciativas de educação para o património.