Agora, os jovens vila-realenses com dificuldades de aprendizagem podem contar com um Gabinete de Apoio Psicológico, cuja existência se deve à união entre as várias entidades envolvidas no processo educativo.
“O objectivo básico do Espaço Jovem de Atendimento Escolar (EJAE) é o de constituir como que uma unidade de apoio, avaliação, acompanhamento e encaminhamento de crianças e jovens que revelem dificuldades, a nível do processo de aprendizagem”, explicou Alexandre Favaios, coordenador do novo Gabinete de Apoio Psicológico que, dinamizado pelo Instituto Português da Juventude (IPJ) de Vila Real, foi apresentado, no dia 26.
No mesmo dia, foram assinados os protocolos entre o IPJ, a União de Associações de Pais e Encarregados de Educação de Vila Real, os Agrupamentos de Escolas (D. Dinis, Diogo Cão e Monsenhor Jerónimo do Amaral) e os estabelecimentos de ensino do concelho (Escolas Secundárias Camilo Castelo, Morgado de Mateus e São Pedro) que assumiram o compromisso de trabalhar, em parceria, no desenvolvimento da actividade do EJAE.
Segundo Alexandre Favaios, “o Espaço Jovem será responsável pela avaliação e diagnóstico das dificuldades que condicionam o percurso de aprendizagem dos alunos, com o intuito de prestar apoio psicológico e psicopedagógico, tendo em vista o seu sucesso escolar e, consequentemente, a prevenção do abandono escolar, pela adequação e individualização das respostas educativas”.
O processo terá início com a “sinalização, pelo Director de Turma/ Conselho de Turma ou professor titular, dos jovens em causa que, depois, deverão ser encaminhados, pelo Conselho Executivo do seu estabelecimento de ensino, para o EJAE. O aluno será acompanhado pelo Gabinete do IPJ ou encaminhado para outra estrutura de apoio, caso a sua situação assim o exija.
Maria Geraldes, Presidente do Instituto, salientou a importância da iniciativa da delegação vila-realense, realçando que irá levar a ideia para Lisboa. Lembrando que o IPJ já tem instalado 18 gabinetes idênticos, em várias localidades, a nível nacional, a dirigente explicou que o sucesso deste tipo de estruturas tem sido comprovado pelas “listas de espera” existentes.
“O facto destas estruturas de apoio se encontrarem fora da escola tem várias vantagens” – sublinhou Maria Geraldes, frisando, também, a importância do papel do EJAE, no desenvolvimento de “acções de aconselhamento e orientação escolar, vocacional e profissional”.
O trabalho do novo espaço irá ainda passar pela promoção, em parceria com as diferentes instituições envolvidas no protocolo, “de acções de formação e sensibilização à comunidade educativa”, concluiu Alexandre Favaios.
Ema Gonçalo, Coordenadora da Área Educativa de Vila Real, mostrou-se também satisfeita com o trabalho, em parceria, uma vez que torna possível “a rentabilização de recursos e a optimização de estratégias”.
Legenda: Os vários agrupamentos e estabelecimentos de ensino assumiram um compromisso com o IPJ para a criação do EJAE
Maria Meireles