“Posso garantir que se o Vila Real tivesse o apoio que muitas equipas da distrital têm em dois anos estava na Liga 3”, frisa, confessando que “aquilo que recebemos é uma esmola”.
Atualmente, o clube recebe um apoio camarário de cerca de 27 mil euros. Segundo Francisco Carvalho, “precisávamos de três vezes mais”. Contudo, “sei que a autarquia tem muitas associações para ajudar”.
Olhando para a equipa sénior, o SCVR acabou por garantir a manutenção no último minuto do último jogo. Foi uma época “a fazer contas”, mas “sempre acreditei na manutenção”, refere o presidente, acrescentando que “com mais um ponto ficávamos em 8º, com mais dois em 6º e com menos um descíamos de divisão”.
Não foi uma época fácil até pelos comentários de alguns adeptos, que criticavam o facto de o clube não sair dos últimos lugares da tabela. Mas Francisco Carvalho garante que “não ligo aos comentários que fazem porque não faço a gestão do clube com base nisso. O clube precisa de gente que o leve para cima e não o contrário”.
Quanto à nova época, “ainda não estamos a prepará-la a 100%, mas queremos manter o treinador. Aliás, queremos manter toda a estrutura porque em equipa que ganha não se mexe”, vinca.
Mas nem só da equipa sénior se faz o clube. Também na formação a época foi positiva, com os escalões de sub-14, sub-16 e sub-18 a subirem aos campeonatos nacionais e a conquistarem mais alguns troféus. “Na formação foi também uma época muito boa, estão todos de parabéns. Merecíamos mais uma taça, mas não podemos ganhar tudo, os outros também têm que ganhar”, confessa o presidente.
“Estas subidas vêm provar que com pouco se consegue fazer muito”, afirma, reforçando que “temos poucos espaços e pouco dinheiro. E haver só um campo um para tantos atletas não chega, é um assunto que tem que ser resolvido”.
Já sobre a secção de voleibol, Francisco Carvalho aproveitou para explicar que houve quem criasse um novo clube “e proveram-no às custas do Vila Real. Isso é feiro e tive que fazer despedimentos”.
“Não conseguiram levaram atletas com eles, mas impediram-nas de treinar. O treino, por exemplo, era nas Árvores e mandavam-nas para outro sítio. É triste e as pessoas têm que responder pelas atitudes que tomam”.
Questionado sobre as contas do clube, o presidente garante que “estão estáveis” e esclarece que “não é verdade que os jogadores estiveram três meses sem receber, ainda que houve uma altura em que os ordenados estiveram atrasados. Quando já tinham que receber um mês, o outro ainda estava por pagar. Mas, neste momento, não devemos nada a ninguém”.