A intervenção está a decorrer a bom ritmo já que não pára nem à noite, nem aos fins-de-semana. É uma situação que se compreende dada a aproximação do Inverno e o aumento da possibilidade de pequenas derrocadas na via. A sequência de trabalhos de reforço de segurança da Linha do Douro, entre a Régua e o Pocinho, já são bem visíveis, principalmente no troço entre a Régua e o Pinhão e no troço até ao Tua.
Nota-se uma preocupação na consolidação das trincheiras, arribadas e taludes, atendendo ao facto de muitas das encostas possuírem o risco de deslizamento de terras em situações de precipitação intensa (ainda há pouco ocorreu uma situação destas, perto da Estação de Covelinhas). Os trabalhos em curso, próximo do túnel de Arnozelo, surgem também pelo facto de ter ocorrido uma pequena derrocada em Abril de 2008. Recorde-se que um agricultor duriense, Luís Pereira, evitou o descarrilamento de um comboio no troço de linha agora intervencionado e que terá salvado a vida a algumas dezenas de pessoas que circulavam na composição que fazia a ligação Pocinho-Régua. Com o seu barco, este agricultor atravessou o rio para a outra margem, subiu a pé a escarpa íngreme, e ainda teve forças para se colocar no meio da via-férrea a acenar e aos gritos para o comboio, porque tinham caído alguns pedregulhos para a linha.
Ainda para a Linha do Douro, a REFER anunciou que as oito passagens de nível da Linha, entre Caíde e Marco de Canaveses, vão desaparecer. Os túneis de Caíde, Gaviara e Campainha irão ser reabilitados. A obra custará 70 milhões e tem início nos primeiros meses do próximo ano.