A cantata “O Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo” teve como interpretes o coro litúrgico da Paróquia da Sé de Vila Real e de Nossa Senhora da Areosa, do Porto, dirigidos pelo maestro Bruno Pereira. O autor da cantata foi um dos solistas, assim como Ricardo Afonso, enquanto João Santos foi o organista, Rodrigo Magalhães esteve na flauta, acompanhado por Sara Leal, no clarinete, e Henrique França, no trompete.
Tendo demorado sete meses a escrever a cantata que abriu e foi peça central do concerto, Bruno Liberato Nunes sentiu-se, no final, “bastante orgulhoso por termos conseguido mostrar um bom trabalho”, apesar de um “certo peso, também, por causa da responsabilidade em ter tanto para lidar, como organizar o espaço, o coro e os instrumentistas”, admitiu à VTM.
A cantata “traça o caminho desde de São José e Maria irem até Belém, para serem recenseados, na altura, e depois a parte do nascimento de Jesus”, sublinha o autor, que assegura que “parte textual é um pouco mais simples, porque já está escrita, o mais difícil é conseguir enquadrar a música à própria letra”.
O concerto marcou o encerramento do Jubileu 2025 nesta paróquia, que teve o bispo de Vila Real, D. António Augusto Azevedo, na plateia, que destacou a importância de a cantata “partir dos textos do evangelho”. O prelado realçou que “esta interpretação e esta roupagem musical ajuda-nos a viver com mais alegria o tempo de Natal. A música é uma componente indispensável da celebração do Natal, foi um pouco o que aconteceu, com alguma profundidade, com alguma espiritualidade e eu diria que nesse sentido, foi uma ligação feliz”.
O ano jubilar, convocado ainda pelo Papa Francisco, teve como tema a esperança. Mas apesar deste período estar a terminar, D. António Augusto Azevedo recorda que “essa mensagem foi muito bem acolhida e o que importa agora, ao encerrar o ano, é que não se perca. Agora tem que ser levada à prática”.
O concerto não se limitou à obra de Bruno Liberato Nunes e pôde-se escutar o hino do Jubileu 2025, “Peregrinos de Esperança”, e “Adeste Fidele”, do compositor David Wilcocks.





