Sexta-feira, 26 de Julho de 2024
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“Se o Marco quiser continuar, será o treinador do SC Régua”

Francisco Pinto, presidente do SC Régua, foi o convidado do Bola ao Centro, e não escondeu a emoção de ver o clube do seu coração sagrar-se campeão distrital 21 anos depois.

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Assumiu o clube em junho de 2019, altura em que o encontrou “em colapso financeiro”, com uma dívida “a rondar os 160 mil euros”. Hoje, esse valor é residual “e está nos 13 mil euros”, sublinha o presidente, adiantando que quando chegou à liderança do clube poucos acreditavam no seu projeto. “É uma realidade, mas provamos que fizemos um bom trabalho e colocamos o SC Régua nos palcos que merece, que é o Campeonato de Portugal (CP)”.

“Hoje, sinto-me aliviado pelo trabalho que fiz, juntamente com a minha direção. Somos os meninos (eu, o Rui e o Emanuel) que pegamos no SC Régua e tornamos este projeto credível através de uma amizade e união forte entre nós”.

Francisco Pinto lembra a aposta num jovem treinador, Marco Martins, depois de ter agradecido ao Flávio Fonseca e ao João Valente. “Já o conhecia quando ele esteve no Santa Marta com o Paulo Ferreira. Na altura, era um jovem cinco estrelas e sempre acompanhei o seu percurso. Primeiro no Fontelas, depois no Sabrosa e no Cerva. Na altura tinha dois ou três nomes, mas falei só com o Marco para saber a sua disponibilidade. Reuniu com ele e vim embora sem lhe dizer já estava contratado”.

Durante esta época, admitiu que o Chaves B foi o adversário mais difícil. “Era uma equipa profissional e isso ainda nos dá mais mérito, ninguém acreditava, tirando o eu e o Zé Carlos. Eu sempre acreditei. O momento da viragem foi no jogo em casa com o Pedras Salgadas, em que empatamos 2-2. Eu estava muito chateado, porque tinha a convicção que éramos muito melhores. Diziam que eu era maluco, mas foi a partir daí que todos começaram a acreditar”.

Questionado sobre o segredo para o sucesso, o presidente revela que “esteve em tudo, desde a estrutura, ao treinador e, obviamente, a equipa, num “trabalho de continuidade que culminou com o título de campeão há muito esperado pelos reguenses”.

Agora, ainda falta disputar a final da Taça AFVR, mas o foco já está na preparação da próxima época, em que quer manter o clube no CP. “Estamos a elaborar um projeto em que esperamos a ajuda da autarquia e dos patrocinadores. Todos iremos trabalhar para o mesmo, porque o clube, a cidade e os adeptos merecem. Mas uma coisa é certa, vamos com os pés bem assentes na terra e não vamos gastar mais do que aquilo que temos”.

A nível desportivo, pretende que o treinador Marco Martins continue à frente dos destinos dos seniores e terá de ir ao mercado reforçar a equipa, que deverá integrar a série B do Campeonato de Portugal. “Temos de ter jogadores do concelho, da região e de fora, porque não podemos ser hipócritas, pois aqui não há muitos jogadores de qualidade”.

Francisco Pinto confessa que está na sua cadeira de sonho e dedica o título de campeão à família, que é o seu grande suporte. “Trabalho para que todos sejam felizes. Dedico este título aos meus pais, ao meu irmão, à minha mulher e às minhas filhas”.


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