Piscando o olho ao Outono, o característico mês de Outubro, que cheira ainda um pouco à vindimadura e assiste à queda das primeiras folhas, foi assinalado entre os tenistas da Associação Académica com mais um aniversário e consagrou Sandro Carvalho (ex-nº 2 do ranking nacional júnior) com uma “dobradinha”
A Secção de Ténis da AAUTAD soprou as dezasseis velas no primeiro fim-de-semana de Outubro em mais uma edição do Open Aniversário, prova integrada no calendário oficial da Federação Portuguesa de Ténis.
Apesar de ser ainda considerado por muitos como um desporto de elites, Amadeu Fernandes, da Secção de Ténis da Academia Transmontana, ambiciona que esse estigma seja ultrapassado. “Desejamos que apareça cada vez mais público e praticantes e que as nossas provas sejam cada vez mais divulgadas e reconhecidas. Nos últimos anos contribuímos para a promoção do ténis e é isso que queremos continuar a fazer na cidade e região. A missão não é fácil, mas o entusiasmo não é menor que a ambição.”
No plano desportivo, para além da habitual modalidade de singulares masculinos, a competição englobou ainda a prova de pares, o que conferiu ao torneio mais um elemento de acesa competitividade.
Nesta prova, os courts da UTAD foram palco de “animados” encontros, tendo sido por certo o invulgar perfume das vindimas um importante “tónico” nas prestações dos atletas da AAUTAD. Com efeito, colocando 2 elementos nas ½ finais e realizando o pleno na final, o domínio dos estudantes foi evidente.
Sandro Carvalho, quiçá auxiliado por Dionísio, Deus da vinha e da… inspiração (pronto, ok, as “barraquinhas” da Recepção ao Caloiro também!), depois de ter conquistado diversos títulos juvenis, arrebatou, finalmente, o seu primeiro torneio sénior.
Na desejada final, o atleta da Associação Académica bateu o seu colega de equipa por um set e… meio, isto é, 6/1 e 4/0.
O outro representante dos estudantes, Guilherme Saraiva, alcançou uma saborosa final, mas nesta fase da prova sucumbiu face ao seu oponente (e ao barulho das praxes) e optou (!) pela desistência. Um caso a rever!
Na vertente de pares, a final, também disputada por duas equipas da AAUTAD, proporcionou momentos de grande qualidade, entre a parceria Sandro Carvalho / Paulo Guerra e os colegas Francisco Andrade / Amadeu Fernandes.
O derradeiro encontro foi, de facto, a cereja no topo do bolo, pois revelou-se uma partida emocionante e “looonga”!
Cumprindo a máxima de Aquilino Ribeiro (recentemente trasladado para o Panteão Nacional), “Alcança quem não cansa!”, e depois de 3 sets e cerca de 3 horas (!) de contenda, finalmente, o tandem Carvalho / Guerra (na foto) alcançou meritoriamente o apetecido título.
Esta vitória foi particularmente especial para Paulo Guerra, pois, após vários anos de “amor à camisola”, decidiu abraçar outro projecto /clube. Na hora da mudança, acrescentou que “A emoção que existe em mim apenas é equiparável ao quanto este clube e as pessoas com quem me cruzei me deram enquanto jogador, que eu sempre tentei retribuir com lealdade e dedicação. Os amigos não dizem adeus, dizem até breve!”
E todos… concordaram!
No final, a habitual cerimónia de entrega dos troféus (gentilmente cedidos pela Câmara Municipal de Vila Real) premiou os diferentes vencedores e finalistas e encerrou mais este Open Aniversário. Parabéns a todos!
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