Quais são as duas grandes prioridades que defendem para o distrito?
Simplificar o Interior.
Nós defendemos duas prioridades fundamentais para o distrito: simplificação da liberdade económica e fomento à inovação e ao empreendedorismo.
Primeiramente, buscamos simplificar a economia, eliminando burocracias e regulamentações que dificultam o funcionamento do mercado. Isso inclui facilitar processos de licenciamento e reduzir impostos excessivos, permitindo que empresas prosperem e gerem empregos.
Em segundo lugar, promovemos a inovação e o empreendedorismo como motores do crescimento económico, apoiando políticas que incentivem pesquisa, desenvolvimento de tecnologias e criação de startups. Através de incentivos fiscais, parcerias entre universidades e empresas, e programas de capacitação, procuramos criar um ambiente propício para ideias inovadoras florescerem, impulsionando empregos de qualidade e crescimento sustentável.
O setor da saúde atravessa uma fase conturbada. Na região, o que poderá ser feito para ultrapassar esses desafios?
Simplificar o acesso aos serviços de saúde.
Priorizamos a qualidade dos cuidados para todos, independentemente do provedor – público, privado ou social.
O programa “Cuidar Saúde” propõe incentivos para otimizar o sistema, alinhando os interesses dos pacientes e dos profissionais. Encorajamos a concorrência entre provedores e garantimos liberdade de escolha aos usuários. Investimos na prevenção e na redução do desperdício.
Estabelecemos atendimento imediato a gestantes e crianças até nove anos, visando cobertura universal de médicos de família até 2028.
Agilizamos as filas de espera e fortalecemos as capacidades dos enfermeiros. Implementamos um Registro Eletrónico de Saúde para abordagem integrada e personalizada.
Quanto à ferrovia. Qual a melhor solução?
Simplificar a mobilidade, priorizar a reabertura da Linha do Corgo em Vila Real é crucial. Ao revitalizá-la, impulsionaremos a conectividade e o desenvolvimento económico local. Essa iniciativa facilitará o transporte de mercadorias e passageiros, estimulando o comércio e o turismo.
Enquanto isso, investir no projeto do TGV representa um custo desproporcional para Portugal, podendo resultar em atrasos e despesas adicionais. A ênfase na Linha do Corgo promove eficiência económica e responsabilidade fiscal, garantindo uma abordagem equitativa e sustentável.
Além disso, considerar uma rede ferroviária futura conectando Vila Real a Bragança, Sanabria (Espanha), Chaves e Gudina (Espanha) usando a infraestrutura existente da Linha do Corgo é uma perspetiva atrativa. Afinal, nem sempre a velocidade é tudo; o acesso adequado também é fundamental.
Relativamente aos impostos das barragens, qual a vossa posição?
Simplificar e aplicar a fiscalidade de modo justo e equitativo, sem favorecer setores específicos como o das barragens. Os impostos sobre barragens devem ser cobrados com base em princípios de justiça fiscal e respeito às leis. É essencial garantir a aplicação consistente e justa das leis fiscais para todos os contribuintes, sejam indivíduos ou empresas. Qualquer violação deve ser punida pelas autoridades competentes. O respeito às leis é crucial para a ordem e justiça social.
A perda de população continua a ser um grave problema do interior do país. Que medidas defendem para combater este flagelo?
Simplificar a vida das pessoas e empresas é crucial, promovendo o desenvolvimento económico sustentável e a criação de empregos. Como defensor do liberalismo, vejo nas Zonas Económicas Especiais (ZEEs) uma solução eficaz. Elas oferecem incentivos fiscais para atrair investimentos, estimulando o crescimento em regiões menos desenvolvidas.
Além disso, a descentralização de instituições universitárias e estatais é vital. Criar campus universitários e órgãos governamentais no interior do país proporciona oportunidades de educação e emprego local, retendo talentos e impulsionando o desenvolvimento económico regional.