O Grande Auditório estava cheio com um público animado que foi apoiar os jovens participantes. Os primeiros a entrar em palco foram os “Jovens D’Oiro”, que representaram as freguesias de Pinhão e São Mamede de Ribatua. Logo a seguir, as Estrelas Polar fizeram-se ouvir pela freguesia de Boticas. Frente a cinco juízes, que depois decidiram o vencedor, atuaram ainda os “AD Saltum”, de Salto, Montalegre e os “Outsiders” da freguesia de São Pedro.
Um dos membros dos jurados era Mara Minhava, vereadora de câmara municipal com o pelouro da cultura, que parabenizou os grupos pela “coragem de virem até aqui e pelo profissionalismo que mostraram”. A responsável diz ter ficado orgulhosa destes jovens “não só porque estão nesta caminhada da fé, mas sobretudo porque são companheiros e entreajudam-se”.
Este Festival é, para a vereadora, “extremamente importante porque ele é feito por jovens, a quem devemos cada vez mais dar voz, dar-lhes a oportunidade de mostrarem aquilo em que acreditam através da arte”, além de permitir que os diferentes grupos, que vieram de freguesias distintas, interajam entre si, “deixando a tecnologia de lado”.
Também membro do júri foi o padre André Meireles que, apesar de dizer que “vivemos tempos um bocadinho obscuros perante essa missão juvenil”, admite que os jovens que ali atuaram “demonstraram que devemos manter a esperança ativa e apoiá-los naquilo que são os seus sonhos e os seus projetos”.
O vencedor do concurso foi então o grupo “AD Saltum”, de Montalegre. Em segundo lugar ficaram os “Outsiders”, seguidos dos “Jovens d’Oiro” e “Estrelas Polar”, sendo que este último ganhou o prémio “Compartilha”, que foi votado por todos os participantes sobre que grupo interagia mais com os outros jovens.
O grupo “AD Saltum”, composto por Joana Magalhães, Bruna Vieira, João Paulo, Sandra Rafaela, Jorge Costa e Eduardo Capela, contou que a motivação para participar no festival passou “por estarmos todos juntos, conhecer pessoas novas e apurarmos algum sentimento que, na vida real, é privado”. A inspiração para a música que apresentaram foi “a nossa fé, e essencialmente o pároco Pedro Rei Alves que acaba sempre por nos juntar”. Receber o primeiro lugar aqui significa ir a Lisboa em outubro representar a diocese vila-realense. Ainda “sem saber muito bem como vamos lidar com isso”, o grupo “está extremamente feliz, porque no fundo é o concretizar do nosso trabalho e aquilo que gostamos, que é a música”.
No final, o bispo de Vila Real, que esteve presente durante toda a atuação, também referiu que este festival “permite que todos os grupos, de vários pontos da diocese, mostrem a sua qualidade, a sua energia e o seu espírito”. D. António Azevedo relembrou que, para estes grupos apresentarem as suas músicas, com temas originais, “tem atrás uma motivação, um trabalho, um encontro” e isso “também os ajuda a crescer como pessoas, cristãos e como grupos”.
