Com 8.090 alunos, distribuídos por 35 licenciaturas, um mestrado integrado, 39 mestrados e 24 doutoramentos, a academia tem vindo a crescer ao longo dos últimos anos, pautando-se pela qualidade do ensino.
“Temos um corpo docente com formação bastante sólida”, afirma Jorge Ventura, vice-reitor para a área da educação, acrescentando que “temos vindo a fazer algum investimento para colmatar falhas resultantes no envelhecimento do corpo docente, com concursos regulares para contratação de professores doutorados de carreira”. Além disso, o vice-reitor reforça também a importância da valorização e promoção do corpo docente, através dos diversos concursos internos que estão a decorrer e que visam “atingir a meta de 80% no cumprimento do rácio de professores catedráticos e associados, até ao final do mandato”.
Mas o investimento faz-se, também, na renovação e melhoria dos recursos materiais. “Uma das nossas apostas, e que vemos como algo diferenciador, é o ensino fortemente apoiado na vertente prática, para dotar os nossos alunos de competências essenciais para o mercado de trabalho”, refere, indicando que “tem havido um investimento anual na ordem dos 100 mil euros por escola”, ou seja, “cerca de meio milhão de euros para melhoria das infraestruturas e renovação de equipamentos de apoio ao ensino”.
AÇÃO SOCIAL E ALOJAMENTO
Também no âmbito da ação social tem havido um investimento, “com o apoio da tutela, com vista a aumentar o número de bolsas e do seu valor”, refere Jorge Ventura, lembrando que “perto de 80% dos nossos estudantes são deslocados”.
“Uma das nossas apostas, e que vemos como algo diferenciador, é o ensino fortemente apoiado na vertente prática”
Jorge Ventura
Vice-reitor da área da Educação
“É um apoio que permite a muitos deles prosseguirem os estudos”, frisa, dando conta que, do lado da universidade, “tem-se conseguido manter os preços das refeições”, apesar da inflação e dos constantes aumentos, o que, “naturalmente, implica um grande investimento por parte da UTAD”.
Outra das preocupações prende-se com a falta de alojamento. “A universidade tem cinco residências e, em breve, deverão arrancar as obras para mais. Os contratos já foram assinados e vai ser possível duplicar a oferta, que, neste momento, é de cerca de 530 camas”.
NOVOS CURSOS
A UTAD aguarda a acreditação por parte da A3ES de 12 novos cursos de mestrado, cinco deles na área do ensino, mas que, “em virtude do atraso neste processo de acreditação, dificilmente estarão reunidas as devidas condições para virem a funcionar já no próximo ano letivo”. O objetivo é “procurar colmatar a falta de professores que é já patente nas escolas básicas e secundárias em determinadas áreas”.
No âmbito das licenciaturas, e depois de, no ano passado, terem aberto os cursos de engenharia física e de design sustentável, este último com elevada procura, tudo aponta para que, “no próximo ano letivo, tenhamos como novidade a licenciatura em ciências biomédicas, cujo processo de acreditação está na sua fase final, existindo já decisão preliminar favorável”, indica Jorge Ventura.
No que diz respeito aos doutoramentos, a UTAD terá também disponível, já em 2023/2024, um novo curso em enologia e viticultura, “uma vez que está concretizada a sua acreditação”