Depois da bênção da viagem dada pelo pároco Óscar Moura, foi o presidente da Câmara Municipal, José Marques, que deu a partida simbólica para o início da grande aventura, na quinta-feira, por volta das 19h30. Em lugar das velas desfraldadas ao vento e das naus, foram as bicicletas em alumínio e com baterias solares que partiram defronte do edifício municipal. Júlio Andrez, proprietário da empresa, foi o primeiro a pedalar na primeira etapa que ligou Sabrosa a Valladolid. Depois desta, outras etapas se seguirão e serão necessários três anos para que a rota de Magalhães seja cumprida.
“É uma iniciativa importante que mostra a importância em Espanha do navegador, nascido nesta terra, e uma forma curiosa e inédita de assinalar a sua viagem”.
“Esta deslocação feita de propósito a Sabrosa e a escolha desta localidade como ponto de partida desta iniciativa, provam que a estratégia da Câmara Municipal de Sabrosa na divulgação e promoção além-fronteiras da figura de Fernão de Magalhães” tem sido um sucesso, disse o José Marques.
Por sua vez, Júlio Andrez expressou a sua satisfação pelo acolhimento dado pela Câmara Municipal de Sabrosa ao pedido feito. “Fizemos questão de iniciar o nosso percurso na terra de Magalhães, que é o lugar ideal para iniciarmos esta viagem”, sublinhou.
A velocidade máxima das bicicletas atinge os 25 km/h e tem a opção de usar duas baterias. Uma para 40 km, outra para 100, enquanto o seu tempo de recarga varia entre as 3 e as 4 horas. O preço destas bicicletas ecológicas ronda os 600 euros.
Saliente-se que nesta viagem vão participar cerca de 90 espanhóis.
Um facto curioso desta via-gem é o recurso à energia eólica, como no tempo de Magalhães, como sendo a única fonte de energia utilizada pelos barcos que transportarão as bicicletas quando for necessário cruzar os oceanos