Quarta-feira, 11 de Dezembro de 2024
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Vila Real, 2 | Boticas, 0

O Vila Real continua no caminho das vitórias. Desde que Carlos Felisberto entrou para o comando técnico da equipa, nos oito jogos realizados, os alvi-negros só contam com vitórias. Desta vez, a vítima foi o Boticas, uma formação que continua no último lugar da tabela classificativa.

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Para este jogo, o técnico da casa optou por fazer algumas alterações em relação aos últimos encontros, colocou Mica no centro da defesa, Diogo voltou a merecer a confiança de Carlos Felisberto, depois da titularidade em Pegarinhos, Luís Alves voltou a ser opção e regressou à titularidade ao lado de Azevedo na frente de ataque.

Com o relvado do Monte da Forca em péssimas condições para a prática de futebol, o Vila Real entrou da melhor forma na partida, já que chegou ao golo logo aos 4 minutos, na sequência de uma boa incursão de Mica pela esquerda, centra para o coração da área onde aparece Luís Alves, completamente solto, a rematar para o fundo baliza. Estava feito o primeiro golo do encontro. Esperava-se uma reacção dos forasteiros, mas as oportunidades escassearam junto da baliza de Pedro, que teve uma tarde tranquila. Aliás, apesar de estar em desvantagem, o Boticas continuou com o mesmo esquema táctico, muito fechado atrás da linha da bola, não dando espaço ao adversário para organizar o seu jogo ofensivo. Apesar de continuar a dominar, o Vila Real não criava perigo para David, muito por mérito do bloco defensivo botiquense. Com o decorrer do tempo, os homens do Barroso começaram a esboçar uma pequena reacção, chegaram mais vezes à área contrária, mas sem criar situações complicadas para a defesa visitada. Aos 20’, num lance rápido de contra-ataque conduzido por Shuster, este coloca em Azevedo que dá um toque para Luís Alves mas o remate sai por cima da trave, quando teve espaço e tempo para fazer bem melhor. A toada de jogo manteve-se, com os donos da casa a tentar fazer a circulação de bola entre sectores, mas sem qualquer resultado prático, já que as oportunidades não apareceram. Com um plantel que tem algumas limitações, o Boticas tentou subir as suas “pedras” no terreno, mas também não conseguiu incomodar as hostes alvi-negras. Perto do intervalo, aos 43’, Luís Alves ganha a bola a Buba, aparece em boa posição para alvejar a baliza, mas o remate sai às malhas laterais.

Nos quinze minutos de descanso, Carlos Felisberto teve que pedir mais velocidade e acutilância à sua equipa para tentar chegar ao segundo golo, que traria outra tranquilidade para encarar o encontro. Apesar de não ter feito qualquer alteração no intervalo, pouco depois do reatar da partida, o técnico da casa optou por colocar o experiente Moura no lugar de Luís Alves. O jogo ofensivo melhorou substancialmente, uma vez que Bessa subiu mais no seu flanco e deu muito mais trabalho aos defesas visitados. Aos 65’, Moura aparece isolado, descaído pela direita, faz o remate ao qual David corresponde com uma excelente intervenção. Em cima do minuto 70’, o árbitro José Santos tem um erro grave ao não assinalar uma falta clara do guarda-redes David sobre Moura quando este se encaminhava para a baliza deserta. Num lance mesmo à nossa frente, Moura seguia isolado e em boa posição para fazer golo, mas David sai dos postes e derruba do avançado. O árbitro, bem posicionado, manda seguir o jogo, como se nada tivesse acontecido. Aos 76’, André Azevedo vai marcar o golo da tranquilidade. Bessa coloca no segundo poste, Moura dá um toque para Azevedo que só teve que empurrar para a baliza, já que o guarda-redes David estava completamente batido. A partir daqui, o jogo continuou no mesmo sentido, onde os vila- -realenses acabaram por desperdiçar mais duas boas situações de finalização, mas o resultado não sofreu mais alterações. Apesar de não ter feito uma boa exibição, o Vila Real mereceu a vitória. Já o Boticas lutou por um resultado positivo, mas não mostrou argumentos suficientes para contrariar o maior poderio dos visitados.

Uma última nota para o trabalho da equipa de arbitragem que fica manchado pelo lance em que Moura é claramente derrubado e impedido pelo guarda-redes David de seguir para a baliza. O lance é fora da área, mas o David teria de ver o cartão vermelho.

 

CARLOS FELISBERTO, treinador do Vila Real

“Poderíamos ter construído um resultado mais dilatado”

O técnico alvi-negro ficou satisfeito com a oitava vitória consecutiva da sua equipa, frisando que peca por ter sido escassa.

“Foi o jogo mais equilibrado que fizemos do ponto de vista defensivo, já que não consentimos uma única situação de finalização ao adversário. Aliás, durante todo o jogo, o Boticas não teve nenhuma oportunidade de golo. Conseguimos fazer uma boa circulação de bola e marcar bastante cedo. O Boticas jogou com um bloco muito baixo, manteve-se sempre atrás da linha da bola, muito próximo da sua área, e é sempre difícil desmobilizar um bloco como este, principalmente quando o piso é irregular como é o caso do relvado do Monte da Forca. Mesmo assim, não perdemos a confiança, tivemos muita serenidade e criamos imensas situações de finalização. Poderíamos mesmo ter construído um resultado mais dilatado, que se ajustava mais ao que se passou em campo durante os 90 minutos. O Boticas, bem organizado defensivamente, tentou jogar no erro do adversário, mas fomos suficientemente fortes e agressivos para evitar uma possível situação dessas. Neste tipo de jogos, também temos que ter paciência e verificar todas as variáveis e condicionantes do próprio contexto do jogo. No geral, estamos fortes, a crescer e cada vez nos apresentamos mais próximos daquilo que pretendemos para o futuro”.

 

MARCO BERNARDES, treinador do Boticas

“O Boticas não tem os argumentos do Vila Real”

No final do encontro, o técnico Marco Bernardes ficou conformado com o resultado negativo, mas sublinhou a boa postura dos seus jogadores.

“O Vila Real tem outros argumentos que o Boticas não tem. Mesmo assim, fizemos tudo aquilo que esteve ao nosso alcance para sair daqui com um resultado positivo, mas isso não foi possível. Sofremos um golo muito cedo que isso condicionou um pouco a nossa estratégia e criou alguma instabilidade na equipa nos primeiros minutos. Jogar contra o Vila Real não é fácil, mas gostei da atitude da equipa, da forma como enfrentaram o adversário e se assim continuarmos, irá ser muito mais fácil a manutenção. Estamos no último lugar da tabela classificativa, mas vamos tentar dar a volta à situação agora na segunda volta do campeonato, onde o mais importante será a conquista dos três pontos e não a forma de jogar, o fundamental será mesmo vencer”.

 

Ficha Técnica

 

Jogo disputado no Complexo Desportivo do Monte da Forca.

Árbitro: José Santos

Auxiliares: Marina Almeida e Vítor Almeida

 

VILA REAL – Pedro, Bessa, Miguel, Mica, Diogo, André Lisboa, Castanha (Mico, 68’), Luís Alves (Moura, 58’), Shuster (Henrique, 77’), André Azevedo.

Suplentes não utilizados: Ivo, Fredy, Ernesto e Peixoto.

Treinador: Carlos Felisberto

 

BOTICAS – David, Zé Bessa, Patrick, Luizinho, Adérito (Paulo Bola, 73’), Luís Carvalho (Humberto, 87’), Ambrósio, Buba, Guimbras (Shoio, 60’), Ruca, Gilberto.

Suplente não utilizado: Marinheiro.

Treinador: Marco Bernardes

 

Ao intervalo: 1 – 0

Cartões Amarelos: Buba (82’) e Gilberto (85’).

Marcadores: Luís Alves (4’), André Azevedo (76’).

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