Quinta-feira, 18 de Abril de 2024
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Vinho do Porto “cem por cento” Douro

A produção de Vinho do Porto apenas com aguardente produzida no Douro é defendida pela Real Companhia Velha, como uma forma de devolver total genuinidade a um produto originário da mais antiga região demarcada do Mundo.   Neste momento, mais de cem milhões de litros de vinho são destilados, na Europa, para a produção de […]

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A produção de Vinho do Porto apenas com aguardente produzida no Douro é defendida pela Real Companhia Velha, como uma forma de devolver total genuinidade a um produto originário da mais antiga região demarcada do Mundo.

 

Neste momento, mais de cem milhões de litros de vinho são destilados, na Europa, para a produção de aguardentes vínicas, para incorporar no Vinho do Porto. O aumento do preço da aguardente nos mercados e os excedentes de colheitas levam várias empresas e agentes do sector a defender esta intenção.

Segundo Pedro Silva Reis, da Administração da Real Companhia Velha, “o mercado não pode continuar desta forma. Tem de se encontrar uma solução inteligente, para um eventual aumento significativo do preço da aguardente e do impacto que vai ter, na indústria. Está na altura de o Douro pensar em ter a sua própria aguardente” – sublinhou, para defender: “Se temos de a pagar mais cara, pois que seja a nossa. Há quem julgue que não é descabido o Douro preparar-se, para a produção de aguardentes e criar vinhedos específicos, para a sua produção, com rendimento maior, para não ficarmos com uma aguardente fora de preço”.

Em relação aos excedentes, a Real Companhia Velha entende que “o Douro não só não gere os excedentes, como absorve de outros. Nós resolvemos muitos problemas da Europa, para mais de cem milhões de litros de vinho que são destilados, para produzirem aguardente, para nós” – salientou Pedro Silva Reis que, no entanto, preconiza cautelas: “É um instrumento que temos de utilizar com inteligência, para nós, e devemos aproveitar, até para defender a genuinidade. Está na hora de o Douro se reflectir, de facto. Não devemos pensar numa outra perspectiva para a aguardente, sabendo-se que o apoio à destilação vai acabar”.

Por fim, este empresário salientou um pormenor importante:

“Quando se fala em arrancar 400 mil hectares de vinha, em Portugal, e não tem que se arrancar, sequer, um pé de vinha, a aguardente para o Vinho do Porto pode passar a ser portuguesa ou duriense e teremos também capacidade de anular os nossos excedentes” – realçou.

“Voltávamos à história do Marquês de Pombal que queria plantar vinhas, no Ribatejo, para fornecer aguardente, para o Douro” – concluiu.

 

José Manuel Cardoso

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