Designada “À rela à rela, à bicha amarela na Torre de Quintela”, foi integralmente interpretada por 16 elementos da comunidade com idades entre os 8 e os 75 anos, em que não faltou uma ampla participação do público.
A expressão popular “À rela à rela, à bicha amarela, que o milho me rela”, era usada por altura do São João. Os homens, durante a noite, com ramos de louro, percorriam as sementeiras do milho para espantar a bicha amarela, uma praga que comia o milho ainda em semente.
A encenação e direção artística são da autoria de Lígia Lebreiro e Simão Valinho e a peça, por vontade dos autores, pertence agora às gentes de Quintela e já há vontade de repetir a sua apresentação para breve. “O processo de criação passou por uma residência artística e contou com várias etapas. A partir da recolha de memórias e investigação junto da comunidade desenvolveu-se o conceito de intervenção e interação, partindo do património imaterial e memória cultural coletiva e usando vários recursos performativos e cenográficos. Após definido o percurso pedestre e o guião da visita encenada, começaram os ensaios com os elementos da comunidade e, por fim, decorreram as apresentações ao público”.
Este projeto contou com o apoio logístico e recursos humanos da Junta de Freguesia de Vila Marim e integra-se no âmbito da programação em rede “Somos Património”, um projeto promovido pelos municípios de Vila Real, Bragança, Espinho e Arcos de Valdevez, com cofinanciamento do Norte 2020, integrando a programação do Teatro Municipal de Vila Real.