De acordo com o anúncio publicado em DR, a intervenção tem por objetivo a eletrificação do troço Marco de Canaveses – Peso da Régua, na Linha Ferroviária do Douro, uma obra confirmada à Comunidade Intermunicipal (CIM) do Douro pelo ministro das Infraestruturas, João Galamba, após uma reunião realizada em 29 de maio.
Neste momento, a eletrificação da Linha Ferroviária do Douro encontra-se concluída até ao Marco de Canaveses, no distrito do Porto.
No anúncio divulgado hoje, a IP especifica que a intervenção inclui a instalação do sistema de retorno de corrente de tração, terras e proteções (RCT+TP) e a execução de trabalhos acessórios para garantir as condições de eletrificação, nomeadamente a alteração e simplificação/modernização dos ‘layouts’ das estações, com substituição de material de via, alteamento ou relocalização das plataformas de passageiros das estações e apeadeiros.
Prevê ainda o rebaixamento da plataforma dos túneis, o tratamento e reformulação do sistema de drenagem, a reabilitação/reforço pontual das estruturas/revestimento, injeção de caldas nas zonas de seccionamento, reforço de hasteais, bem como a criação de condições para a futura eletrificação da linha, com a impermeabilização da faixa central sobre o fio de contacto, e ainda a estabilização de 40 taludes ao longo do troço a eletrificar.
O prazo para apresentação de propostas é de cerca de três meses, concretamente até ao 90.º dia a contar da data de envio do presente anúncio (01 de junho).
Em DR, a IP anunciou também hoje o lançamento do concurso público para a aquisição de serviços de fiscalização, controlo da qualidade e coordenação de segurança e saúde para a empreitada de eletrificação da Linha do Douro, no troço Marco – Régua.
O valor do preço base deste procedimento é de sete milhões de euros.
A IP publicou ainda em DR a abertura do concurso público para a aquisição de serviços para o projeto “Linha do Douro – eletrificação e modernização do troço Régua – Pocinho – adaptação e substituição das pontes metálicas”, com um valor base de 2,5 milhões de euros.
No encontro entre o ministro João Galamba e a Comissão da Linha do Douro, da CIM, abordou-se também a intervenção no troço Régua – Pocinho, que “terá três procedimentos distintos”.
Segundo os autarcas, na “primeira semana de junho serão lançados dois procedimentos”, um deles “referente ao projeto de execução das catenárias (sistema de distribuição e alimentação elétrica aérea), uma intervenção da responsabilidade da IP e que já tem “despesa autorizada”.
Depois, apontaram também o avanço do “projeto de execução que contempla a substituição das pontes, com um valor estimado na ordem dos 2,5 milhões de euros”, o qual foi hoje publicado em DR.
O terceiro procedimento, de acordo com a CIM, “contempla o projeto geral e será lançado em julho de 2023, no valor de 1,5 milhões de euros”.
Para a CIM, a eletrificação da Linha do Douro e a modernização do troço Peso da Régua – Pocinho “são fundamentais para o reforço da mobilidade, das condições de circulação na linha, correspondendo, simultaneamente, a um serviço de qualidade, associado ao Douro, enquanto Região Demarcada e Património Mundial da Humanidade, uma realidade que se quer ver afirmada e reconhecida em Portugal e no mundo”.
A Linha Ferroviária do Douro atualmente liga o Porto ao Pocinho (171,522 quilómetros) e há vários anos que é defendida a reabertura do troço entre o Pocinho (Vila Nova de Foz Côa) e Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo), desativado em 1988.
A elaboração do estudo prévio e projeto de execução do toco até Barca d’Alva foi lançada em 10 de maio e tem o valor base de 4,2 milhões de euros.