Na sua obra, que contempla a pintura e a escultura, perceciona-se a mistura de diversas técnicas, sobressaindo o domínio de distintos materiais, numa constante experimentação reveladora da multiplicidade de sentimentos. Temas como amor, raiva, concentração, distração, prazer, paz, guerra, religião, curiosidade, insatisfação, política e informação povoam as suas criações artísticas, onde a cor, o volume, camadas de tinta e múltiplos materiais revelam um ser humano em constante construção.
“Ferüel” imprime na sua criação a metamorfose de um ser humano de um futuro imprevisível e inquietante, sob influência de uma visão darwinista e kafkiana.
Nas palavras de Pedro de Sousa Martins, médico psiquiatra, e Rui Teixeira, administrador de uma multinacional em Singapura, “há reminiscências de Hermann Hesse na forma como as diversas facetas de Ferüel convergem na criação artística. A sua obra é pautada à escala “macro” por diálogo cultural e à escala “micro” por intensa exploração da identidade individual. Nesses diálogos, por vezes elevados ao expoente do duelo, triunfa um humanismo unificador que, de modo muito próprio, caracteriza Ferüel. Somos, no fundo, “grãos da mesma mó”. “Arrojado, inovador, irreverente e versátil. Uma lufada de ar fresco! Fiel às suas origens”.
“Ferüel” contempla o mundo que o rodeia com toda a naturalidade de um fiel depositário que chama o mundo a sua casa.
As suas obras progressistas e inusitadas, combinam, em perfeita simbiose cores e objectos do dia a dia numa proporção e estética impar que não deixarão ninguém indiferente.”
Representado em coleções particulares em diversos países do mundo como França, Holanda, Portugal, Estados Unidos e Singapura, “Ferüel” tem agora a sua obra patente na casa da cultura de Vimioso até ao final deste mês, seguindo para Torre de Moncorvo em dezembro.