Quinta-feira, 21 de Setembro de 2023
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A nova organização “traz vantagens com a coordenação dos meios”

Artur Mota é o comandante, desde janeiro, do Comando Sub-Regional do Alto Tâmega e Barroso, que foi criado com a reestruturação da proteção civil. O engenheiro florestal, que trabalhou 20 anos numa associação florestal, foi comandante dos Bombeiros Voluntários de Cerva durante dois anos e desde 2021 era segundo comandante do Comando Distrital de Operações de Socorro de Vila Real, considera que a proximidade que as novas estruturas vieram trazer foi benéfica. Aponta a dificuldade em recrutar recursos humanos como um problema, mas diz que o socorro às populações esteve desde sempre garantido

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Quais as principais alterações que a criação dos comandos sub-regionais trouxe?

Antigamente funcionava por comandos distritais, a nomenclatura e a base de trabalho é exatamente a mesma, mas em termos de organização dos meios e distribuição pelo território, por exemplo, o distrito de Vila Real ficou dividido, há a sub-região do Alto Tâmega e Barroso, com os seis municípios da Comunidade Intermunicipal, Chaves, Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena, Boticas, Montalegre e Valpaços, e depois ficou a parte sul do distrito no comando Sub-Regional do Douro, que agregou mais municípios de Viseu, Bragança e Guarda. Recuando um pouco, já advém dos incêndios de 2017, em que foi criada a Agência Integrada de Fogos Florestais, que propôs esta mudança, numa ótica de proximidade aos municípios e territórios, tendo um centro de coordenação de meios da proteção civil mais próximo das populações e das localidades.

Essa foi a grande alteração? A proximidade?

Sim, mesmo fazer coincidir a área de intervenção da proteção civil com a Comunidade Intermunicipal (CIM), acaba por ser um território mais homogéneo. O Alto Tâmega e Barroso, por exemplo, identifica-se por ser um território tipicamente florestal, a homogeneidade do território é muito maior. No Douro há muitas vinhas, em termos de organização de meios não tem tanto a ver com o Alto Tâmega. Quando era a área distrital havia mais heterogeneidade. Com a criação das sub-regiões e a fazê-las coincidir com as CIM, mesmo as candidaturas acabam por ser mais homogéneas, porque o território que une e o que o caracteriza é semelhante. Como este território é mais especializado na parte florestal, a nossa área de intervenção acaba por ser mais vocacionada para esta matéria. No distrito, as zonas de maior perigo de incêndios florestais e de risco mais elevado acabaram por ficar todas aqui. Em termos de meios, aqui temos 11 corpos de bombeiros e uma média de 22 equipas com cinco elementos todos os dias, neste período do dispositivo de combate a incêndios. O pessoal está motivado, e a não ser que haja uma ocorrência de maior envergadura que possa fugir dos parâmetros, acredito que vai correr bem.

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