Quais são as duas grandes prioridades que defendem para o distrito?
– Fixação de população jovem e famílias: a perda de população jovem agravou-se com a falta de oportunidades e infraestruturas. Com o êxodo para os centros urbanos, Bragança envelhece rapidamente, pondo em risco o seu futuro. O Chega propõe apoios à habitação, incentivos à criação de empresas, benefícios fiscais (nomeadamente em sede de IRS) e formação profissional ajustada ao mercado local. O objetivo é criar um ambiente com oportunidades reais para estudar, trabalhar e viver.
– Reindustrialização e desenvolvimento económico local: a economia do distrito foi profundamente afetada pela ausência de políticas industriais e investimento. A desindustrialização gerou desemprego e despovoamento. O Chega defende a criação de uma Zona Económica Especial, com benefícios fiscais para empresas que criem emprego, valorizando os recursos da região, como a agricultura sustentável e o turismo de natureza.
A perda de população continua a ser um grave problema no interior do país. O que se pode fazer para combater este flagelo?
A desertificação resulta da centralização das políticas públicas e abandono das zonas rurais. O Chega propõe condições fiscais atrativas, como a redução ou isenção de IRS para empreendedores e apoio à criação/modernização de empresas nos setores agrícola, agroindustrial e turístico; Reabilitação da habitação, como incentivos à recuperação de imóveis abandonados, incluindo património público, e a isenção de IMI e IMT para jovens até 35 anos que reabilitem casas no interior; Qualificação profissional, com a criação de centros de formação em áreas como agroindústria, energias renováveis e turismo rural, em articulação com o Instituto Politécnico de Bragança; Melhoria da mobilidade, com uma rede de transportes públicos intermunicipais, com ligações regulares a centros urbanos, facilitando a permanência e o regresso das populações.
Como atrair investimento para a região?
A estratégia do Chega assenta em três pilares: infraestruturas, incentivos fiscais e valorização dos recursos locais.
– Zona Económica Especial, com isenções fiscais e apoios à criação de emprego em setores como agricultura sustentável, energias renováveis, biotecnologia e turismo;
– Melhoria de infraestruturas, com a requalificação de parques industriais, novas vias de transporte e ligação às redes ferroviárias e rodoviárias nacionais;
– Apoio à inovação e digitalização, através da criação de incubadoras tecnológicas em parceria com o IPB, focadas em agrotecnologia, biotecnologia e transição digital;
– Promoção internacional, com campanhas de captação de investimento estrangeiro, posicionando Bragança como porta de entrada no mercado ibérico.
Nos últimos tempos tem-se visto que a linha aérea tem uma grande importância para a região. Como impedir que esteja tantas vezes suspensa?
A ligação aérea Bragança–Portimão é crucial para a mobilidade, turismo e economia da região. O Chega defende mais voos, com horários adequados a trabalhadores e estudantes, assim como preços acessíveis, com tarifas reduzidas para residentes e estudantes e também pacotes turísticos associados. Defendemos, ainda, parcerias público-privadas, envolvendo o setor privado para garantir a continuidade e expansão do serviço.
Tem-se falado que Bragança será ponto de passagem da linha de alta velocidade entre Porto e Madrid. Acredita na sua concretização? Que vantagens terá para o distrito?
Apesar dos sucessivos adiamentos, o Chega acredita que a ligação é viável com vontade política e investimento. Bragança passaria a ser um elo fundamental entre Portugal e Espanha, promovendo trocas económicas, turísticas e culturais e haveria um impulso económico, com a redução dos tempos de viagem a tornar a região mais atrativa para investimento e turismo, aumentando a competitividade e capacidade de exportação das empresas locais.