O número de animais abandonados tem vindo a aumentar. Em Lamego, por exemplo, o abrigo municipal recolheu, no ano passado, 417 animais das ruas.
Em comunicado, a autarquia revela que foram adotados 349 cães e gatos, “quase o dobro de 2023”, havendo também a registar 344 animais esterilizados, “no âmbito de uma extensa campanha de controlo reprodutivo, e 106 animais alojados no abrigo.
Na mesma nota, a autarquia admite que estes números, e o reforço da atividade, “só foi possível graças à conclusão das obras de ampliação e requalificação do abrigo, que permitiram duplicar a capacidade”.
O alargamento em causa “permitiu resolver alguns problemas crónicos, que se arrastavam há anos”, como é o caso do alojamento de várias matilhas existentes na cidade e também uma grande matilha, constituída por 56 cães, que vagueavam na zona do Torrão.
“Canalizamos cada vez mais meios financeiros, humanos e materiais para suprimir as necessidades relacionadas com o bem-estar animal no concelho. Contamos com uma equipa competente e com total disponibilidade e dedicação, apoiamos as associações de defesa animal e os cuidadores informais. Apesar deste esforço, enfrentamos desafios diários que ultrapassam as nossas capacidades. Continuamos a verificar muitos casos de negligência, maus-tratos e abandono que dificultam muito a nossa capacidade de resposta. Isto não é aceitável e é urgente uma mudança de comportamentos”, afirma Francisco Lopes, presidente da Câmara de Lamego.
De referir que, em 2024, o Município de Lamego identificou mais de 70 colónias de animais errantes no concelho, com um total de 673 gatos. As colónias têm um cuidador informal, apoiado por esta autarquia, para a prestação de cuidados médico-veterinários, alimentação e esterilização. Nas colónias, cerca de um terço dos animais já foram esterilizados.


