Agora, que o financiamento do programa Norte 2020 terminou, os espetáculos continuam e prometem “dois meses intensos” de fruição da arte por parte do público. O objetivo “é proporcionar a aproximação com o património arquitetónico e o envolvimento da comunidade na concretização de alguns dos espetáculos”.
O festival conta com uma estreia absoluta, em versão de palco, e com residência artística, do coreógrafo espanhol Roberto Olivan, intitulada “Em Dois”, que será apresentada no grande auditório do Teatro de Vila Real, dia 10, pelas 21h30. No entanto, a aposta é nos criadores regionais, como é o caso dos artistas de “Ruído” e “Hip Hop Fest”, responsáveis pela inauguração do programa no próximo sábado.
Um destaque especial será “O Aqui”, da companhia CiM, que promove a inclusão através da dança e conta com um workshop dirigido a todos os públicos, mas, em particular, aos profissionais da reabilitação e da área social, vista pelo diretor do Teatro como uma “missão de deixarem pouco mais a semente de promovermos a inclusão nas artes de uma forma ativa”. Os workshops não são limitados às pessoas do concelho, apenas aos lugares disponíveis.
Durante este mês haverá, ainda, espaço para uma homenagem ao editor Manuel Hermínio Monteiro, natural de Parada do Pinhão, “personalidade marcante da cultura portuguesa, que celebraria este mês 70 anos”. O espetáculo, parte de um programa conjunto organizado pelo Teatro e o Espaço Miguel Torga, está recheado de música e poesia e faz “uma viagem pelo fio dos versos”, com a atuação de Filie Raposo e Amélia Muge.
Para o diretor do Teatro, Rui Araújo, “há cinco bons motivos para vir a ‘Algures a Nordeste’, pois é uma programação que está ao nível de qualquer cidade média europeia, não queremos que o Marão nos limite”.
“Conversas de Bastidores” é outra das apostas que se espera que continue nos próximos anos, e pretende, segundo a vereadora da cultura da Câmara de Vila Real, Mara Minhava, “dar a conhecer protagonistas das artes”. O projeto será inaugurado pelo ator e encenador João Pedro Vaz, “originário de Santa Marta de Penaguião” e procura a interação entre público e “palestrantes”.
Dia 30 de setembro, fechará com “Autópsia”, da companhia de Olga Roriz, um espetáculo que “parte de um olhar para dentro, de uma visão de nós próprios e do que nos rodeia.