O anúncio foi feito pela Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro (ULSTMAD) que, em comunicado, explica que a certificação entrou em vigor no dia 29 de maio.
Com esta certificação, “está garantido o suporte para as operações de emergência médica helitransportada nesta região”, sendo que o heliporto passa a funcionar “exclusivamente para operações de emergência médica, em condições de voo visual (VFR), por um período de três anos”, lê-se na nota.
A luz verde da ANAC é, para a administração da ULSTMAD, “uma conquista”, que aproveita para reiterar “o compromisso de melhoria contínua na prestação de cuidados de saúde à população que serve”.
EXIGÊNCIA
Recorde-se que, em maio de 2023, a autarquia de Lamego veio a público mostrar o seu descontentamento com o facto de o heliporto estar inoperacional. À data, o presidente da Câmara lembrou que “este equipamento nunca foi utilizado devido à ausência da respetiva certificação obrigatória” e que o município, “por diversas vezes, nos últimos anos, exigiu a sua abertura com caráter de urgência”.
Para Francisco Lopes era “incompreensível que, depois de um investimento de 42 milhões de euros no novo hospital, a população do Douro Sul esteja à espera, desde 2013, pela entrada do funcionamento completo desta infraestrutura”.
Agora, dada luz verde por parte da ANAC, Francisco Lopes mostra-se “satisfeito” com o licenciamento e com o facto de este “permitir maior rapidez e segurança na evacuação de doentes helitransportados de Lamego e da região de influência do concelho”.
A ULSTMAD é composta por três unidades hospitalares (Chaves, Vila Real e Lamego), 23 centros de saúde e ainda cinco polos de urgência, que servem cerca de 370 mil pessoas. Com esta certificação da ANAC, a unidade hospitalar passa a ter dois heliportos operacionais, nomeadamente em Vila Real e Lamego.