Uma delas é o projeto “Aproximar” que está no terreno há cerca de oito meses. Sob o lema “Não basta acrescentar anos à vida, mas sim vida aos anos”, é missão da equipa do município, constituída por técnicos de educação física e psicologia, prestar apoio à população sénior nas várias localidades do concelho, nas dimensões física, psicológica e social. Há ainda um técnico de enfermagem, que leva aos habitantes das várias localidades consultas de vigilância da saúde.
Um resultado prático do projeto foi a construção, um pouco por todo o concelho, da árvore de Natal em crochet exposta na Vila F’Liz Natal, resultado de encontros de afetos, alegria, convívio e trabalho em rede.
“As pessoas juntam-se convivem, partilham experiências e adquirem novos saberes”
CARLA SANTOS
PROJETO APROXIMAR
As aulas de ginástica sénior foram alargadas a mais aldeias do concelho, com o propósito de promover a atividade física, melhorar a autonomia funcional e a estimulação motora, e contribuir para prevenir quedas. No âmbito do projeto “Aproximar”, além da atividade física uma vez por semana, outro dia da semana é preenchido por oficinas de caráter mais prático.
“As pessoas juntam-se convivem, partilham experiências e adquirem novas aprendizagens”, destaca Carla Santos, chefe de divisão. A psicóloga refere que a iniciativa chega a cerca de 200 pessoas com mais de 60 anos, também como forma de “quebrar o isolamento e manter a mente saudável”. Podem ainda ser programadas visitas a museus, idas ao teatro e à piscina.
Valtorno é um dos locais onde se reúnem pessoas da aldeia, e de Mourão e Alagoa, entretidas numa tarde a preparar fantoches que vão utilizar para uma atividade intergeracional com crianças do pré-escolar.
“As pessoas convivem, a maior parte delas é viúva, e estamos aqui a conversar e a rir um pouco”
FÁTIMA QUEIJO
67 ANOS
“Nestes trabalhos manuais estivemos a fazer uns bonecos, porque vamos contar uma história sobre as bruxas”, explica Fátima Queijo, de 67 anos, com lã nas mãos para fazer o cabelo. “Eu gosto mais de trabalhar com as mãos”, diz esta participante, que elogia a iniciativa: “as pessoas vêm aqui, convivem, a maior parte delas é viúva. Estamos aqui a conversar e a rir um pouco”.
Cândida Dias, de 84 anos, aproveita estes momentos “para passar o tempo, para não estar em casa sozinha”. “É uma coisa boa, gosto de todas as atividades, só não vou à piscina”.
No mês de julho, a unidade disponibiliza um ATL sénior com atividades lúdicas e cultural, em várias localidades do concelho.