A coordenadora-geral da associação, Maria Inês Taveira, lembra que a missão da Bagos d’Ouro é promover a educação de crianças em situação de carência económica na região do Douro, assim como promover a inclusão social e o reforço educacional de crianças e jovens.
“A nossa missão é, de forma sustentada, conseguir passo a passo chegar a novos concelhos. Os tempos atuais indicam que é preciso ser cauteloso e, por isso, não vamos já para dois novos concelhos, mas apenas para um”, explicou.
Mesão Frio “é um concelho pobre, com uma população muito envelhecida, que está entrincheirado entre o Tâmega e o Douro”, frisa, salientando que a associação encontrou uma “grande abertura” do município para lá trabalhar.
A escolha de Mesão Frio baseou-se nas características socioeconómicas do concelho, por ser um território rural, de baixa densidade, com poucas respostas sociais, já que tem apenas uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), e onde o isolamento ainda dificulta o acesso aos mesmos recursos educacionais, quando comparado a outros municípios.
A 11 de janeiro vai ser assinado o protocolo de colaboração e feita a apresentação pública da iniciativa, e nesse mês tem início o processo de integração da Bagos d’Ouro, mas já há trabalho feito no terreno em conjunto com a câmara, a escola e a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ).
Criada em 2010, a associação, sem fins lucrativos, começou a sua intervenção em São João da Pesqueira, distrito de Viseu, e Sabrosa, distrito de Vila Real. Hoje atua em Alijó, Tabuaço, Armamar e Murça, municípios inseridos na Comunidade Intermunicipal (CIM) do Douro.
Atualmente, a Bagos d’Ouro acompanha cerca de 200 crianças e jovens nos seis municípios, 25 dos quais frequentam o ensino superior.